sexta-feira, 21 de novembro de 2008

ASSUNTO: ECOLOGIA

REVISTA PLANETA SETEMBRO /2006


URGENTE
Biodiversidade
Sexta extinção em massa está a caminho

Equipe Planeta

Espécies em perigo: poluição química dos rios e lagos é o maior responsável pela extinção em massa de espécies aquáticas.


O que têm em comum o pássaro dodô das Ilhas Maurício, os bovídeos auroques da Europa, o cervo da Córsega, a foca-monge das Antilhas e o tigre de Bali? Simples: todos pertencem ao passado. Todos desapareceram, estão extintos, como tantas outras espécies estão prestes a desaparecer. Não são muitos, se consideramos que até agora já foram identificadas 1,7 milhão de espécies e existem ainda entre cinco e cem milhões de outras espécies a serem descobertas. Apesar disso, existem razões para nos preocuparmos: tudo indica que estamos na véspera de uma catástrofe ecológica sem precedentes no planeta.
Já se fala de uma sexta extinção em massa similar às cinco que a precederam (com o desaparecimento de mais de 60% das espécies), respectivamente no final.Estudos paleontológicos mostram que nossa espécie, de índole marcadamente caçadora e colonizadora, começou a produzir desgastes na superfície do planeta há 50 mil anos. Na Austrália, por exemplo, há 46 mil anos – apenas dez mil anos depois do início da colonização daquele continente pelos humanos –, a maioria dos gêneros de répteis, pássaros e mamíferos já tinha desaparecido! Ao longo da história, as ilhas, que são porções de terra fechadas e isoladas, foram sempre as maiores vítimas da presença humana. Como fariam as espécies naturais de cada ilha, que até então desconheciam inimigos naturais, para se defender dos humanos e seu séquito de animais domésticos predadores?
Desde então, em toda parte onde se instalou, e desejando estender seus territórios e incrementar suas atividades agrícolas e industriais, a sociedade humana provocou perturbações no meio ambiente a seu redor: desflorestamento, poluição do solo, da atmosfera, dos rios, dos lagos e oceanos.
Somos hoje 6,5 bilhões de pessoas sobre a face do planeta (e seremos nove bilhões em 2050!) a engendrar continuamente a degradação dos habitats, a superexploração dos recursos, as invasões biológicas e o aquecimento global...
Desgastes que levarão inexoravelmente a um novo fenômeno de extinção em massa.

Ao degradar os ecossistemas, o homem fragiliza as espécies. As populações ameaçadas não mais encontram condições para se restabelecer. Ao contrário, a superexploração dos recursos, a introdução de espécies exóticas e as mudanças climáticas brutais as empurra ainda mais rapidamente para a destruição.
Segundo os especialistas, nos aproximamos rapidamente de um “ponto crítico” no qual a taxa de extinção será entre mil e dez mil vezes superior à taxa “normal” (uma espécie desaparecida a cada quatro anos). Hoje, no entanto, essa taxa já chega a uma espécie por dia!

Como se isso não bastasse, as zonas de forte biodiversidade são raras e muitas vezes pouco extensas. Vinte e cinco regiões que cobrem apenas 1,4% da superfície terrestre abrigam, sozinhas, mais da metade das espécies vegetais do planeta e um terço das espécies vertebradas terrestres. Elas estão na Província Florística da Califórnia, na América Central, no Cáucaso, Polinésia e Micronésia, Brasil, África Ocidental, Madagascar, Oeste da Índia e Sri Lanka, Indonésia e Sudoeste da Austrália.

O pior de tudo foi demonstrado há pouco pela AZE (Alliance for Zero Extinction, http://www.zeroextinction.org/).
Essa organização ambientalista criou um mapa de 595 sítios contendo pelo menos uma espécie ameaçada de extinção iminente e calculou que, se em alguns desses sítios seria necessário investir mais de três milhões de euros por ano para restaurá-los, apenas 450 euros anuais bastariam para salvar alguns outros sítios. ”
Extinção: um fenômeno natural


O desaparecimento de espécies é um fenômeno natural, normal e inelutável. Basta dizer que mais de 99% das espécies que apareceram na Terra desde o surgimento da vida no planeta já desapareceram.
Uma espécie desaparece após surgir e se desenvolver durante um a quatro milhões de anos. Significa, entre outras coisas, que o próprio homo sapiens – surgido há cerca de 200 mil anos – irá um dia desaparecer.



O que provoca esse perpétuo movimento de aparições e desaparecimentos de espécies em nosso planeta? A necessidade de se adaptar continuamente ao meio ambiente. Assim, embora hoje o mundo ainda esteja repleto de espécies, apenas as que conseguirem se adaptar às mudanças em curso – de origem natural ou humana – irão sobreviver.


Em si mesma, a extinção das espécies é um fenômeno natural. O que ocorre agora é que nós, humanos, interrompemos o processo normal das extinções, acelerando-o a um nível e a um ritmo que, brevemente, serão insustentáveis.


OS CINCO DESAFIOS
• Aquecimento Global - A Terra cada vez mais quentel
• Biodiversidade - Sexta extinção global está a caminho
• Água - Salvar o ouro azul
• Petróleo - A cada dia, mais perto do fim
• Lixo - A Terra transformada em lixeira



ECOLOGIA: FIM DA VIDA EM MARCHA COM A POLUÍÇÂO<>

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

ÁGUA EM MARTE E A VIDA

ÁGUA EM MARTE



FOTOS DE MARTE

ÁGUA EM MARTE










Imagem da missão Mars Express: água, CO2 e a vista a olho nu do pólo sul de Marte (ESA/Divulgação)

ÁGUA EM MARTE E A VIDA
Vida do carbono e importância da água



Sulcos que evidenciam que hovem rios em Marte


Havia águ por aquí antes... Que houve em Marte?


“Para existir vida em outros planetas é necessário uma série de fatores”, afirma Wuensche. Geralmente, a vida que se procura no espaço é fundamentada no carbono. Esse elemento permite que aconteçam processos químicos que dão origem à vida.
Junto com o carbono, é preciso existir a água em estado líquido.


Primeira foto de evidência de água no solo de Marte
Marte sem mistérios...

A sorte é que os elementos fundamentais – água, carbono, hidrogênio, nitrogênio e oxigênio - para a criação estão espalhados em abundância pelo Universo. Para se ter uma idéia da importância do carbono, o DNA é feito de carbono, hidrogênio, nitrogênio e mais alguns elementos unidos.

O carbono é formado em, praticamente, todos os processos de reação nuclear no interior das estrelas, por isso é facilmente encontrado. “Com eles, é possível formar moléculas complicadas como aminoácidos, tal como a glicina, um dos 20 aminoácidos fundamentais para a vida”, explica:
“Encontramos algumas, por exemplo das famílias do álcool e da acetona, espalhadas pelo meio interestelar – das estrelas - em forma de gás e de gelo”, conta Wuensche. Esses compostos não precisam de um planeta rochoso para serem formados e são importantes para o desenvolvimento de uma química complexa. Recentemente, foram descobertos compostos químicos bastante sofisticados, baseados em anéis de carbono, em outros pontos da Via Láctea e mesmo em outras galáxias próximas.

Sonda Phoenix passa em Marte


Porém, apenas o carbono não basta. “Para a vida baseada na química do carbono tem que haver água”, diz o astrofísico. Por isso é tão procurada Universo a fora. “Ela é um solvente importante que permite que as moléculas maiores se movam e “batam” umas nas outras. Formando outras moléculas”, afirma. A água é um solvente universal, encontrada em abundância na forma de gelo e gás. Juntos, a água e o carbono formam o tijolo e o cimento para a construção da vida.

ÁGUA EM MARTE


“Eu sou otimista com relação à chance de encontrar uma vida de forma simples. Espero que ela seja encontrada ainda durante o meu tempo como astrônomo profissional”, diz Carlos Alexandre Wuensche, astrofísico do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Isso porque as bactérias sobrevivem em condições adversas. Muitas espécies suportam alta acidez, muita radiação, falta de oxigênio e baixa temperatura. “Para se ter uma idéia, 95% da biomassa terrestre é de bactéria”, lembra. Geralmente, a maioria delas vive até um metro abaixo da superfície, o que dificultaria o achado.

Dois meteoritos estão em estudo para ver se possuem formas de vida provindas de outro local do Universo. São o meteorito de Murchinson e o de Allende, encontrados, respectivamente, na Austrália e no México em 1969. Há poucos anos, cientistas constataram que algumas estruturas presentes no meteorito intitulado Lh84001, achado na década de 1980, eram terrestres.



ÁGUA EM MARTE:VIDA

Silício pode dar origem

O pesquisador – a astrofísica é a ciência que estuda a constituição física e química dos astros – também desenvolve trabalhos em busca de moléculas complexas no meio interestelar das estrelas. Outros pesquisadores no país pesquisam microorganismos vivos e compostos químicos originados da presença de vida, como o ozônio. O que significaria que no local há ou houve fotossíntese. Como conseqüência, organismos vivos.

Porém, a vida talvez possa ser baseada em outro elemento, o silício. “Ele não forma moléculas sofisticadas como carbono, mas pode armazenar informação”, explica Wuensche. No lugar da água, nesse caso, deve existir nitrogênio ou metano líquido. Mesmo assim, há um fator que complica essa criação. O silício “trabalha” em temperatura abaixo de zero, em por volta de -200 ºC. O metabolismo nessa condição é mais lento e a energia é baixa, tornando essa formação mais complicada.


ÁGUA EM MARTE

Marte e os sulcos que parecem ex-rios...Será?

No ano passado, foi descoberto um planeta semelhante à Terra, que orbita em torno da estrela Gliese 581. Antes, já haviam encontrado outro parecido em torno da Gliese 876. Ambos geraram expectativa. O primeiro, principalmente, por estar localizado em uma região onde possa existir água em estado líquido, pois a temperatura média superficial deve estar entre 0 ºC e 100 ºC. Ele possui cinco vezes a massa da Terra, o que deixa sua gravidade maior e a atmosfera mais densa, mas não altera a expectativa de que possa haver formas primitivas de vida.


ÁGUA EM MARTE
A Terra tem, aproximadamente, 4,5 bilhões de anos. Rapidamente, há cerca de 3,8 bilhões de anos, se formaram os microorganismos como as bactérias. “Por 75% do tempo a vida na Terra foi dominada por seres unicelulares”, conta o pesquisador. “A Explosão Cambriana, período que apareceram diferentes animais, ocorreu em 1/8 desse tempo. Sendo que, os mamíferos apareceram há 100 milhões de anos”, conta. O ser humano conseguiu mandar sinais de rádio para fora do planeta há 100 anos atrás. E, a partir da década de 1930, captar sinais de rádio. “Formar vida complexa não é simples”, diz.





Ir até os dois planetas próximos às estrelas Gliese 581 e 876 é, suficientemente, demorado. Por exemplo, o primeiro está localizado cerca de 20 anos-luz da Terra. “Em um ônibus espacial, como o Voyage ou o Columbia, que voam a 30 mil km por hora seriam necessários mais de 30 mil anos de viagem”, explica o astrofísico. “Sou pessimista quanto a encontrar uma vida complexa como a nossa”, afirma o pesquisador Wuensche.

“Eu sou otimista com relação à chance de encontrar uma vida de forma simples. Espero que ela seja encontrada ainda durante o meu tempo como astrônomo profissional”, diz Carlos Alexandre Wuensche, astrofísico do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Isso porque as bactérias sobrevivem em condições adversas. Muitas espécies suportam alta acidez, muita radiação, falta de oxigênio e baixa temperatura. “Para se ter uma idéia, 95% da biomassa terrestre é de bactéria”, lembra. Geralmente, a maioria delas vive até um metro abaixo da superfície, o que dificultaria o achado.



Dois meteoritos estão em estudo para ver se possuem formas de vida provindas de outro local do Universo. São o meteorito de Murchinson e o de Allende, encontrados, respectivamente, na Austrália e no México em 1969. Há poucos anos, cientistas constataram que algumas estruturas presentes no meteorito intitulado Lh84001, achado na década de 1980, eram terrestres.

BELEZAS DO UNIVERSO:





A região fotografada é chamada de Barnard 30, ao norte da grande estrela Lambda Orionis. (Foto: NASA/JPL-Caltech/ Laboratorio de Astrofísica Espacial y Física Fundamental)

A cor esverdeada da fotografia vêm de moléculas orgânicas formadas sempre que materiais a base de carbono são queimados de forma incompleta. Os detalhes vermelhos e laranjas são partículas de poeira. Os rosas são estrelas muito jovens, que ainda estão envoltas em um casulo de gás e poeira. Por fim, os pontos azuis são estrelas da Via Láctea, visíveis ao fundo.

A imagem foi divulgada em 22/08/2008 pela Nasa e representa uma nuvem de poeira cósmica, chamada W5. A imagem foi obtida com o telescópio Spitzer e foi divulgada em comemoração aos seus cinco anos de uso.

O Hexágono de Saturno

Imagem da Nebulosa Planetária do Olho de Gato (NGC 6543), uma das nebulosas planetárias melhor conhecidas do céu. A imagem revela a bela simetria desta nebulosa, especialmente na região central. Também se pode observar o halo ténue de material gasoso que a envolve, extendendo-se até uma distância de 3 anos luz.

A imagem foi obtida pelo Telescópio Óptico Nórdico (NOT), situado no Observatório Roque de los Muchachos do Instituto de Astrofísica das Canárias. As cores (falsas) representam a emissão de luz por parte de átomos de diversos elementos químicos: o vermelho provém de átomos de Azoto enquanto que as tonalidades verdes e azuis têm origem em átomos de Oxigénio. Os Astrónomos calculam que as regiões mais externas do halo têm entre 50.000 e 90.000 anos.