sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Anéis de Saturno desaparece?

Anéis de Saturno desaparece em 11 de agosto de 2009






NASA/Hubble
Anéis de Saturno desaparecem hoje
Saturno: em montagem da NASA com fotos do telescópio Hubble, é visível a variação dos anéis com a mudança do eixo

Em um fenômeno repetido a cada quinze anos, Saturno irá sumir com sua característica mais marcante hoje, 11 de agosto.

Os cientistas da NASA acreditam que o truque de mágica, no qual o planeta simplesmente esconde as 35 trilhões de toneladas de gelo, poeira e fragmentos de pedra que formam seus anéis, aconteça desde o seu surgimento, há cerca de 4,5 bilhões de anos.


Trata-se, na verdade, de uma ilusão causada pela combinação do posicionamento de Saturno, o reflexo da luz do Sol e a espessura de seus anéis – que possuem mais de 320 mil quilômetros de comprimento e apenas dez metros altura. O responsável é o fenômeno conhecido como Equinócio. Todos os planetas oscilam seus eixos gravitacionais e, eventualmente, acabam posicionando seu equador diretamente em linha com os fótons de luz vindos do Sol. Na Terra, ele ocorre duas vezes todos os anos (em Março e Setembro). Em Saturno, o fenômeno ocorre duas vezes a cada 29 anos terrestres.Quando o Equinócio acontece em Saturno, os raios de Sol atingem seus finos anéis a um ângulo de 90º. A luz que chega nessas linhas tão estreitas é tão pouco refletida que, para todos os efeitos, o anel simplesmente some. O planeta vem fazendo seu truque há muito tempo, mas ele só começou a ser observado em 1612, por Galileu Galilei. Embora não soubesse que se tratava de anéis, e nem pudesse explicar o fenômeno, o cientista notou o desaparecimento do que acreditavam serem duas luas.
NASA/Hubble
Anéis de Saturno desaparecem hoje
Saturno: em montagem da NASA com fotos do telescópio Hubble, é visível a variação dos anéis com a mudança do eixo
Na época, com seu telescópio, ele confundiu as laterais dos anéis com satélites naturais do Planeta. Infelizmente, hoje, mesmo com os modernos equipamentos, o espetáculo não poderá ser observado da Terra. A órbita de saturno o aproximou tanto do Sol que somente o Cassini-Huygens, no espaço, conseguirá fotografar o fenômeno.

A nave, em órbita do planeta, vem fazendo observações há cinco anos. A NASA acredita que o fenômeno pode ajudar a observar melhor estruturas dos anéis e características antes desconhecidas.

Saturno é o segundo maior planeta do sistema solar, e sexto em distância do Sol. Ele possui cerca de 120 mil quilômetros de diâmetro, quase dez vezes maios que a Terra, com seus 12.746 quilômetros. No entanto, devido à sua rápida rotação, um dia no Planeta dos Anéis tem apenas dez horas de duração.

Entre 1996 e 2000, o telescópio espacial Hubble também fotografou Saturno, com intervalos de um ano – na montagem, fica visível como a variação do eixo interfere nos anéis.

Nebulosa

Lagoa em

370 milhões

de pixels



ESO
Nebulosa Lagoa em 370 milhões de pixels
Nebulosa Lagoa,
a cinco mil anos-luz
da Terra


Localizada a cerca de cinco mil anos-luz, na constelação de Sagitário, a nebulosa Lagoa aparece em imagem de 370 milhões de pixels.

As fotos foram feitas pelo Observatório Espacial do Sudoeste Europeu (ESO) e formam a terceira e última parte do projeto GigaGalaxy Zoom, em comemoração ao Ano Internacional da Astronomia (2009).



A imagem, obtida pela câmera do telescópio do observatório La Silla, no Chile, registra essa gigante nuvem interestelar de 100 anos-luz de diâmetro. Na parte inferior esquerda, está o cluster conhecido como NGC 6530, que possui de 50 a 100 estrelas.

Os pontos escuros em toda a nebulosa são nuvens gigantes de gás e poeira, entrando em colapso sob seu próprio peso e que, em breve, devem dar origem a um novo cluster de jovens e brilhantes estrelas.

No site do ESO, você pode ver a imagem em alta resolução e baixá-la em TIFF ou JPEG.

Nebulosa Bolha de sabão é fotografada no espaço

Ciência

Nebulosa Bolha de sabão é fotografada no espaço



T. A. Rector/University of Alaska Anchorage, H. Schweiker/WIYN and NOAO/AURA/NSF
Bolha de sabão é fotografada no espaço
Nebulosa bolha de sabão: forma rara encontrada no espaço

A forma esférica quase perfeita da imagem acima, como a de uma delicada bolha flutuando, chamou a atenção do mundo. Conhecida como “nebulosa bolha de sabão” (soap bubble nebula), ela está localizada na constelação de Cygnus, a cerca de quatro mil anos-luz de distância da Terra

Seu nome oficial, no entanto, é um pouco mais complicado que o carinhoso apelido dado pelos astrônomos. Batizada como PN G75.5+1.7, ela foi fotografada em 19 de junho deste ano, mas já havia sido observada em 6 de julho de 2008 por Dave Jurasevich, no Observatório Mount Wilson, na Califórnia.

Keith Quattrocchi e Mel Helm também registraram a existência da nebulosa alguns dias depois, em 17 de julho do ano passado, no Observatório Sierra Remote.


Apesar do nome, as nebulosas planetárias não possuem nenhuma relação com planetas. Elas se formam quando as reações no núcleo de uma estrela não conseguem mais segurar sua estrutura, o que força as camadas externas para fora. Vagando pelo espaço por milhares de anos, esses gases ionizados por luz ultravioleta assumem uma variedade de formas e tamanhos. O formato esférico, quase simétrico, da “nebulosa bolha de sabão” é bastante raro e acredita-se que ela tenha se originado há 22 mil anos.

O erro da nomenclatura vem do século 18, quando os telescópios não eram potentes o bastante para distinguir nebulosas de planetas gigantes formados por gás.


É encontrada 1º prova de lago em Marte

Reuters


Getty Images
É encontrada 1º prova de lago em Marte
Vista de área de Marte: pela primeira vez há evidências de linhas costeiras na superfície do planeta.

WASHINGTON - Um longo e profundo cânion e os restos de uma praia talvez sejam a prova mais clara já encontrada sobre a existência de um lago na superfície de Marte.

Aparentemente, este cânion continha água quando o planeta já deveria ter secado, afirmaram cientistas na quarta-feira (17/06).


Imagens de uma câmera chamada High Resolution Imaging Science Experiment a bordo do satélite Mars Reconaissance Orbiter indicam que a água escavou um cânion de 50 quilômetros de extensão, revelou um grupo da Universidade do Colorado.

Ele teria coberto uma superfície de 200 quilômetros quadrados, com profundidade de 450 metros, escreveram os pesquisadores da revista Geophysical Research Letters.


Hoje é incontestável que existe água no solo de Marte - robôs de exploração encontraram gelo ali. Também há provas de que a água ainda pode brotar do subsolo para a superfície, ainda que ela rapidamente desapareça na fina e gelada atmosfera do planeta vermelho.

Cientistas também já haviam visto o que poderiam ser praias de rios gigantescos ou mares, porém algumas das formações também poderiam ser obra de deslizamentos de terra.

"Essa é a primeira prova sem ambiguidades sobre linhas costeiras na superfície de Marte", disse Gaetano Di Achille, que liderou o estudo.




Getty Images
É encontrada 1º prova de lago em Marte
Vista de área de Marte: pela primeira vez há evidências de linhas costeiras na superfície do planeta.


"A identificação das linhas e as evidências geológicas nos permitem calcular o tamanho e o volume do lago, que parece ter se formado há cerca de 3,4 bilhões de anos", afirmou Di Achille em comunicado.

A água é um elemento essencial para a vida, por isso os cientistas procuram desesperadamente por provas água em Marte. A existência de água no planeta também pode ser útil para futuros exploradores humanos.

"Na Terra, deltas e lagos são excelentes coletores e conservadores dos sinais de vida passada", disse Di Achille. "Se a vida alguma vez existiu em Marte, os deltas podem ser a chave para desvendar o passado biológico do planeta", acrescenta.

"A pesquisa não prova apenas que houve um sistema lacustre de longa existência em Marte, mas nós podemos ver que o lago se formou após o período quente e úmido que se supunha ter dissipado", disse o professor assistente Brian Hynek.

O lago provavelmente evaporou ou congelou após uma abrupta mudança climática. Ninguém sabe o que fez Marte deixar de ser um planeta quente e úmido para se tornar o deserto gelado e sem ar que é hoje.

Estudo diz que planetas também engordam





Wikicommons
Estudo diz que planetas também engordam
Planetas podem aumentar suas larguras em quase um terço: fenômeno não tem
uma explicação certeira

Alguns planetas podem aumentar sua largura temporariamente em 30% ou mais. As explicações, porém, são insuficientes, segundo astrônomos e pesquisadores.

A teoria inicial se desenvolve pela premissa de que gases frios ocupam menos volume que gases quentes. Alguns cientistas sugeriam que os ‘planetas com interiores quentes’ (ou Hot Jupiters, como são chamados em inglês) acabariam perdendo o calor inicial e emagreceriam durante a vida espacial.



Mas, em entrevista à New Scientist, o especialista Laurent Ibgui da Universidade de Princeton, declarou que “os astrônomos descobriram um grande número de planetas cuja dimensão não pode ser explicada pela teoria padrão”.

O pesquisador diz que, por meio de uma simulação de computador, notou que aqueles planetas espremidos e esticados quando circulam as estrelas resultam no que ele chama de “aquecimento de maré”, acalorando o gás interior do planeta. Isso inflaria o planeta em bilhões de anos, o que rejeita a tese do esfriamento.


Ainda assim, nesse processo, seria possível um planeta tornar sua órbita mais circular, o que encolheria o planeta.

O modelo apresentado no encontro American Astronomical Society, na Califórnia, entretanto, não esclarece o ‘engordar’ de todos os planetas, já que eles teriam que ter as órbitas excêntricas no início de suas vidas.

Buraco negro é o dobro do esperado




NASA/CXC/SAO/W
Buraco negro é o dobro do esperado
Galáxia M87: buraco negro central possui massa de 6,4 bilhões de sóis


O buraco negro no centro da galáxia M87 pode ser duas vezes maior do que os cientistas originalmente pensavam.

A galáxia está localizada a 55 milhões de anos-luz da Terra e seu buraco negro parecia ter, a princípio, tamanho equivalente ao encontrado no centro da Via Láctea.



No entanto, Karl Gebhardt, da Universidade do Texas em Austin, e Thomas Jens, do Instituto Max Planck de Física Extraterrestre, em Garching, Alemanha, descobriram que ele pode possuir uma massa muito maior, de cerca de 6,4 bilhões de sóis.

Para se ter uma ideia, a massa do nosso Sol é de 2 X 10^27 toneladas, ou seja: o número “2” seguido por 27 zeros.

Os pesquisadores utilizaram uma nova técnica para pesar o buraco negro, colocando os dados existentes a seu respeito em um novo modelo, que simula a galáxia em um supercomputador. O estudo foi publicado no Astrophysical Journal.

Se as medidas se provarem corretas, o buraco negro da M87 será alçado a uma nova categoria, que permite medição direta de seu tamanho pelo contraste de sua silhueta com o brilho das estrelas

Bernard, a galáxia anã vizinha da Via Láctea

Bernard,

a galáxia anã vizinha da Via Láctea



ESO
Bernard, a galáxia anã vizinha da Via Láctea
Galáxia Bernard: menor que suas vizinhas, ela tem regiões de bastante atividade

O Observatório do Sudoeste Europeu divulgou imagens de Bernard, a galáxia anã a penas 1,6 milhões de anos-luz de distância.

Com apenas um décimo do tamanho da nossa galáxia, e suas 400 bilhões de estrelas, Bernard contém apenas dez milhões de sóis. Na direção da constelação de Sagitário, ela faz parte do Grupo Local, um arquipélago de galáxias que inclui a própria Via Láctea.


Seu nome oficial é NGC 6822, mas o apelido vem de seu descobridor, o astrônomo americano Edward Emerson Barnard, que a observou pela primeira vez em 1884.

Apesar de não possuir os braços em espiral das suas vizinhas, Via Láctea, Andrômeda e Triangulum, Bernard possui regiões de formação de estrelas, que aquecem o gás próximo em áreas de bastante atividade.


Na imagem feita no observatório La Silla, no Chile, é visível no alto à esquerda uma nebulosa em forma de bolha. Em seu centro, um aglomerado de estrelas envia ondas de matéria que se chocam com o material interestelar, gerando uma estrutura brilhante que, da nossa perspectiva, parece ter a forma de um anel.

Galáxias anãs irregulares como essa têm essa forma porque estão muito próximas ou foram “digeridas” por outras galáxias. Como tudo se move no universo, frequentemente um aglomerado de estrelas passa perto ou dentro um do outro. A gravidade exerce seu papel repuxando as galáxias e deixando-as com formatos como o da NGC 6822.

No site do ESO, você pode baixar as imagens am alta em TIFF ou JPG

A Via Láctea em 800 milhões de pixels





ESO/S. Brunier
A Via Láctea em 800 milhões de pixels
Trecho central da imagem
original divulgada pelo ESO:
panorama de toda
a abóboda celeste
mostra Via Láctea


Uma imagem de 800 milhões de pixels traz um panorama de 360º de todo o céu noturno visto da Terra.

Ela foi divulgada pelo ESO - Observatório do Sudoeste Europeu (European Southern Observatory), como primeira parte do GigaGalaxy Zoom, projeto lançado em comemoração ao Ano Internacional da Astronomia (2009).



Nesta etapa inicial, o ESO disponibiliza na página do GigaGalaxy uma ferramenta na qual os usuários podem aprender mais sobre a Via Láctea clicando sobre o grande panorama divulgado, obtendo informações e imagens detalhadas de regiões específicas.

As mais de 1 200 fotos que compõem a imagem foram feitas pelo fotógrafo francês especializado em espaço Serge Brunier. Ele passou semanas entre agosto de 2008 e fevereiro de 2009 nos observatórios do ESO no Chile, La Silla e Paranal, e em La Palma, nas Ilhas Canárias, para registrar o hemisfério norte.

Com as fotos brutas em mãos, o francês Frédéric Tapissier e especialistas do ESO recriaram o céu exatamente como nossos olhos o enxergariam do melhor ponto de observação do planeta, montando um panorama de 360º que abrange toda a abóboda celeste. A imagem final possui 800 milhões de pixels – no entanto, a versão disponibilizada na internet para o público está com “apenas” 18 milhões. Você pode baixá-la no site do ESO em TIFF ou JPEG.

NASA divulga imagens em 3D de Marte



NASA/JPL-Caltech/Cornell University
NASA divulga imagens em 3D de Marte
Composição de fotos tiradas pelo Spirit gera imagem em 3D da superfície marciana



Utilizando composição e sobreposição de fotos, NASA divulga imagem tridimensional da superfície de Marte.

A cena foi capturada pelo veículo de exploração espacial Spirit, que utilizou uma câmera panorâmica, a Pancam, para registrar os arredores da região de “Troy”. O efeito 3D pode ser visto com a ajuda de óculos especiais, mantendo-se a lente vermelha na esquerda.


A equipe que analisou as imagens batizou a cena de Panorama Calypso. As centenas de fotos combinadas para formar a paisagem foram tiradas entre os dias 14 de maio de 20 de junho de 2009 - respectivamente, os dias marcianos 1906 e 1942 da permanência do Spirit no planeta.

Na cena, o norte está ao centro. À direita fica um monte de cume brilhante chamado "Von Braun," possível local de exploração do Spirit no futuro. A elevação à esquerda é chamada "Tsiolkovsky". Próximo ao centro, ao longe, está o Husband Hill (Morro do Marido) e, à frente, estão visíveis as marcas da roda do veículo. Para se ter uma idéia de tamanho, as marcas paralelas deixadas no chão pelo Spirit estão separada por cerca de um metro.

O solo brilhante no centro, em primeiro plano, é o material macio no qual o veículo ficou preso, após sua roda perfurar a camada escura superficial que o cobria. A composição do solo está sendo investigada pelos braços robóticos do Spirit. As descobertas feitas até agora no Planeta Vermelho são de grande interesse, tanto que a exploração da região próxima à cratera de Gusev já dura 67 meses – quando, na verdade, deveria ter sido feita em apenas três.

Para ver a imagem com maior resolução, acesse o site da NASA.

NASA mostra

Andrômeda

em ultravioleta



NASA/Swift/Stefan Immler (GSFC) and Erin Grand (UMCP)
NASA mostra Andrômeda em ultravioleta
Composição de 330 imagens
de Andrômeda em UV
feitas pelo telescópio
espacial Swift


Imagens em ultravioleta dão pistas sobre a formação de estrelas na maior e mais próxima galáxia da Via Láctea.

Também conhecida como M31, ela foi registrada pelo satélite espacial Swift, lançado pela NASA em 2005 para fotografar explosões cósmicas distantes. Desviando-se um pouco de sua missão original, o Swift capturou em UV, na maior resolução já feita, a galáxia em espiral mais próxima da Terra.

Com seus cerca de 220 mil anos-luz de comprimento, Andrômeda possui mais que o dobro do diâmetro da Via Láctea, e está localizada a 2,5 milhões de anos-luz nossa galáxia.

Ao apontar suas lentes para a M31, o telescópio captou 20 000 fontes ultravioletas, vindas principalmente de jovens estrelas quentes e densos aglomerados. Utilizando três filtros UV, o Swift conseguiu detalhes que ajudam cientistas a desvendarem melhor o processo de formação de estrelas em Andrômeda.

As 330 imagens que formam a composição divulgada hoje foram feitas no ano passado, entre 25 de maio e 26 de julho, em comprimentos de onda de 192.8, 224.6, e 260 nanômetros. A tarefa de juntar um total de 85 gigabytes foi de Erin Grand, da Universidade de Maryland de College Park.

Na composição já é possível notar que o centro da galáxia é muito mais suave e avermelhado que as extremidades, pois está repleto de estrelas mais antigas. Os aglomerados densos e quentes de jovens estrelas aparecem em azul, no disco e nos braço espirais da M31. Assim como acontece na Via Láctea, é nessas regiões de Andrômeda que está localizada a maior parte do gás e poeira necessários para produção de novas estrelas.

O fenômeno de formação de novos corpos celestes é impulsionado por galáxias menores que orbitam ao redor da gigante M31, aumentando a interação entre as nuvens de gases.

A imagem em alta resolução está disponível no site da NASA.

Flagrada a galáxia canibal Centaurus A

Flagrada a galáxia canibal Centaurus A



ESO/Y. Beletsky
Flagrada a última ceia de uma galáxia



Diferentes instrumentos são combinados para detectar a refeição mais recente da galáxia canibal Centaurus A.

Localizada a 11 milhões de anos-luz da Terra, ela possui um buraco negro central de massa equivalente a 200 milhões de sóis – ou 50 vezes tamanho do buraco negro localizado no centro da Via Láctea.



Além das medidas superlativas, a Centaurus A (oficialmente conhecida como NGC 5128) possui uma camada de poeira que, há muito, acreditava-se ser causada pela sua fusão com outra galáxia menor.

Imagens em comprimentos quase infravermelhos captadas pela Agência Espacial Européia mostram pela primeira vez que, por trás dessas nuvens, está um anel de estrelas. A estrutura possui mais de 16.500 anos-luz de comprimento, e seus detalhes foram captados por outro instrumento, o Telescópio Espacial Spitzer, da NASA.
Baseado nos dados desses dois instrumentos, o Observatório do Sul Europeu conseguiu enxergar a última refeição desta galáxia canibal (que cresce se alimentando de outras): uma pequena galáxia em espiral, torcida e amassada.

De acordo com os cálculos, ela teria sido consumida entre 200 milhões e 700 milhões de anos atrás e, por possuir grandes quantidades de gás, disparou o surgimento de novas estrelas em Centaurus.

Os cientistas acreditam que imagens como essas podem ajudar a fornecer pistas sobre o processo de fusão de galáxias. Para quem quer ver mais fotos, o site do ESO disponibiliza versões em TIFF e JPEG para download.

Imagem de cratera marciana




NASA/JPL-caltech/University of Arizona
Nova imagem de cratera marciana
Cratera Vitória,
em Marte


A nave Mars Reconnaissace, que orbita o Planeta Vermelho, capturou uma imagem detalhada da cratera Vitória.

A foto, divulgada pela NASA e tirada em ângulo oblíquo, mostra camadas na parede da cratera difíceis de serem observadas em outras imagens. Também é possível enxergar as marcas de roda deixadas pelo veículo Mars Exploration Rover Opportunity que, entre setembro de 2006 e agosto de 2008, explorou o local.


A cratera Vitória possui cerca de 800 metros de diâmetro.

A Mars Reconnaissance Orbiter vem estudando o planeta desde 2006 e algumas das imagens fornecidas anteriormente ajudaram o Opportunity a encontrar caminhos mais seguros de locomoção.

Foto marca 2 mil dias de exploração de Marte

Foto marca 2 mil dias de exploração de Marte






NASA/JPL/Caltech
Foto marca 2 mil dias de exploração de Marte
Montagem de fotos tiradas pelo Spirit




Para comemorar os dois mil dias de exploração do Planeta Vermelho, a NASA divulgou montagem da superfície de Marte.

A cena combina sete imagens tiradas pelo veículo de exploração Spirit em 28 de Abril, ou dia número 1 891 de permanência do veículo no planeta. O local das fotos foi informalmente chamado de Troy, e mostra diferentes camadas do solo analisadas pelos braços robóticos do Spirit.


Apesar de possuir diâmetro menor que o da Terra, cada dia em Marte é um pouco mais longo que aqui no Planeta Azul: tem a duração de 24 horas e 37 minutos. O diâmetro de Marte é de pouco mais de 6 791 quilômetros, enquanto o da Terra ultrapassa os12 755 quilômetros.

Portanto, enquanto lá em Marte são comemorados dois mil dias de exploração, aqui na Terra a data equivale a 2050 dias de permanência da Spirit no planeta vermelho. O veículo foi lançado em 10 de Junho de 2003 e chegou à Marte em 3 de janeiro de 2004.

Vida pode mesmo ter vindo do espaço




Loke Kun Tan (StarryScapes)
Vida pode mesmo ter vindo do espaço

Cientistas da NASA descobriram glicina, um aminoácido fundamental para a vida, em uma amostra de cometa recolhida pela nave Stardust.

Esta é a primeira vez que um aminoácido é encontrado em cometas. Segundo a NASA, a descoberta dá mais crédito à teoria de que alguns ingredientes fundamentais à vida se formaram no espaço e chegaram à Terra há muito tempo por meio do impacto de cometas e meteoros. Além disso, a descoberta sustenta a tese de que a vida no espaço deve ser bastante comum, e não rara.


A glicina é um aminoácido utilizado pelos organismos vivos para fabricar proteínas. Elas são catalisadores que aceleram ou regulam reações químicas e formam desde estruturas dos fios de cabelo até enzimas. Os 20 diferentes tipos de aminoácido existentes são recombinados no organismo para formar milhões de proteínas diferentes – da mesma forma como as letras do alfabeto, combinadas, formam diferentes palavras.

A nave Stardust, que recolheu o material, passou pela densa nuvem do cometa Wild 2 em 2 de janeiro de 2004. Enquanto a nave voava pelo material, uma esponja especial, chamada aerogel, capturava gás e poeira deixados pelo cometa. A amostra foi colocada em uma cápsula e liberada, com um paraquedas, para a Terra em 15 de janeiro de 2006.




Representação da nave Stardust e do cometa Wild 2 (Nasa/JPl)

Bolg:http://cosmosevida.blogspot.com/

Simulação explica buracos negros

Simulação explica buracos negros


Courtesy of Marcelo Alvarez, John H. Wise and Tom Abel
Simulação explica buracos negros
Simulação mostra comportamento dos buracos negros, estrelas e nuvens de gás após o Big Bang



Com a ajuda de um supercomputador, cientistas conseguiram entender para que, afinal, serviram os buracos negros logo após a origem do universo.

As teorias mais populares apontavam que, depois do Big Bang, os primeiro buracos negros se envolveram em nuvens de gás e poeira, crescendo até se tornarem os gigantes que ocupam o centro das galáxias atuais. No entanto, novas simulações indicam que eles tiveram um para um papel muito mais complexo.



Os pesquisadores do SLAC National Accelerator Laboratory, controlado pela Universidade de Stanfrod, e do Centro de Vôos Espaciais NASA Goddard, cruzaram simulações detalhadas dos primeiros buracos negros do universo, formados a partir do colapso de estrelas. Tudo começou com informações colhidas de observações da radiação cósmica de fundo. Foram então aplicadas as leis básicas que governam a interação da matéria, para que a simulação evoluísse da mesma maneira que o universo primitivo.

No supercomputador, as nuvens de gás que sobraram do Big Bang se agruparam vagarosamente com o efeito da gravidade, formando as primeiras estrelas – massas enormes e quentes. Elas brilhavam muito por pouco tempo, emitindo tanta energia que empurravam as nuvens de gás que estavam próximas para longe. Essas estrelas não podiam sustentar sua existência por muito tempo e, na simulação, sofreram um colapso sob seu próprio peso, formando um buraco negro. Com pouca matéria na proximidade, esse buraco negro não tinha com o que se “alimentar”.Com pouca matéria na proximidade, esse buraco negro não tinha com o que se “alimentar”...

Simulação explica buracos negros
Simulação mostra comportamento dos buracos negros, estrelas e nuvens de gás após o Big Bang

Logo, a explicação vigente de que os gigantescos buracos negros atuais existem a partir desses formados na origem do universo se torna bem menos provável. Na simulação, eles cresceram pifiamente, menos de 1% de em 100 milhões de anos.
Apesar das estrelas empurrarem as nuvens de gás para longe, adiando o crescimento dos buracos negros, pequenas porções de gás as vezes chegavam até eles. Na simulação, enquanto a matéria era sugada para dentro do buraco negro, ela liberava radiação suficiente para esquentar em milhares de graus o gás disperso a uma distância de cem anos luz. O aquecimento adicional fez com que esses gases se expandissem para longe do buraco negro, impedindo que mais matéria chegasse e que ele pudesse crescer.

O calor também impediu, por dezenas ou centenas de milhões de anos, que o gás próximo formasse estrelas. Como resultado, os pesquisadores acreditam que nuvens significativamente maiores que o normal podem ter tido a oportunidade de se aglomerar, porém sem dar origem a estrelas. Essas nuvens enormes de gás podem, eventualmente, ter sofrido um colapso devido ao seu próprio peso, criando um buraco negro de massa extremamente grande.

Os buracos negros primitivos seriam, portanto, responsáveis pela criação dos atuais gigantes que habitam o centro das galáxias – sem, no entanto, terem dado origem direta a eles. Os pesquisadores acreditam que essas descobertas farão com que seja necessário repensar como a radiação dos buracos negros afeta o ambiente em volta.

Os astrofísicos Marcelo Alvarez , Tom Abel e John Wise publicaram os resultados hoje na The Astrophysical Journal Letters.


NASA fotografa pôr do Sol na atmosfera

NASA fotografa pôr do Sol na atmosfera


Na foto, a luz do Sol se pondo evidencia as camadas da atmosfera terrestre.

NASA
NASA fotografa pôr do Sol na atmosfera
Pôr do Sol: imagem tirada pela tripulação do Endeavour


Ciência NASA tira foto inédita do centro da galáxia

Ciência

NASA tira foto inédita do centro da galáxia


NASA tira foto inédita do centro da galáxia
Centro da Via Láctea é
fotografado pelo telescóp
io



O telescópio espacial Spitzer conseguiu registrar o centro da Via Láctea, uma região escondida por nuvens de gás e poeira.

Com suas lentes infra vermelhas, ele fotografou o coração da nossa galáxia, um local há cerca de 26 mil anos luz de distância da Terra, em direção à constelação de Sagitário.


O amontoado de pequenos pontos é falsamente colorido pelo efeito da câmera, e mostra estrelas mais velhas e frias em tons azulados. As nuvens de poeira brilhantes e vermelhas indicam estrelas mais jovens e quentes nos berçários estelares.

A imagem tem um alcance de cerca de 900 anos luz.

Uma galáxia similar à Via Láctea

Uma galáxia similar à Via Láctea



Uma galáxia similar à Via Láctea
Em uma galáxia não muito distante, astrônomos encontraram semelhanças com a nossa Via Láctea.

O European Southern Observatory (ESO), observatório do sudoeste europeu, divulgou nova imagem da NGC 4945. A 13 milhões de anos-luz, ela parece ter características que a aproximam bastante da nossa galáxia.

Além da forma em espiral, ela possui braços brilhantes e uma região central em forma de barra, como a Via Láctea. Em seu centro, provavelmente um buraco negro de grande massa devora matéria e lança energia pelo espaço.


Localizada na constelação de Centaurus, a NGC 4945 é visível por meio de qualquer telescópio amador. A foto divulgada foi feita pelo observatório La Silla, no Chile, e, nela, a galáxia aparece com forma alongada. O efeito é causado pela perspectiva que temos da Terra, mas, na verdade, ela é um disco muito mais largo que espesso.

Com a aplicação de filtros especiais, que isolam a cor da luz emitida por gases aquecidos (como hidrogênio), o ESO pode localizar áreas de formação de estrelas, identificadas pelo grande contraste na galáxia. Outras observações indicam que a NGC 4945 possui, também, suas diferenças em relação à Via Láctea: seu centro é muito ativo, e emite muito mais energia que galáxias mais calmas.

O ESO é uma organização européia financiada por 14 países: Áustria, Bélgica, Dinamarca, França, Finlândia, Alemanha, Itália, Holanda, Portugal, Espanha, Suécia, Suíça e Reino Unido.

02 de setembro de 2009

NASA flagra galáxias em rota de colisão

NASA flagra galáxias em rota de colisão
X-ray: NASA/CXC/SAO/M.Machacek; Optical: ESO/VLT;
Infrared: NASA/JPL/Caltech


Duas galáxias em rota de colisão explicam misterioso abastecimento de um buraco-negro gigante.
A cerca de 300 milhões de anos-luz, a pequena galáxia IC 4970 (no topo da imagem) vem sendo estudada devido ao buraco-negro de rápido crescimento em seu centro.
Dados de raio-X e infravermelho revelam que este corpo celeste, encapsulado em gás e poeira, é abastecido por material quente expelido pelas estrelas.
No entanto, os mesmo instrumentos também indicam que não há gás suficiente na IC 4970 para abastecer o crescimento do buraco-negro – o que leva à tese de que a galáxia companheira, NGC 6872, estaria também servindo como fonte de alimento.

As duas estariam em processo de colisão, e a atração gravitacional da IC 4970 provavelmente puxou as reservas de gás frio da galáxia, criando uma nova fonte de combustível para o buraco negro.

Na imagem, dados do Observatório de Raio-X Chandra aparecem em roxo, os dados infravermelhos do Telescópio Espacial Spitzer estão em vermelho e a luz visível captada pelo Very Large Telescope do ESO está em vermelho, verde e azul.

14 de dezembro de 2009

A descoberta do planeta mais inóspito

A descoberta do planeta

mais inóspito



Reprodução do planeta feita pela Nasa


Astrônomos americanos descobriram o planeta mais inabitável já estudado. Em apenas seis horas, a superfície passaria de 527º C para 1227º C.

O achado foi dos pesquisadores da Universidade da Califórnia em Santa Cruz, que batizaram o inóspito planeta de HD 80606b. Antes dele, nunca havia sido encontrado um planeta fora do sistema solar com mudança de clima.



Observado por meio do telescópio Spitzer, da NASA, o HD 80606b está a 190 anos-luz da Terra, na constelação de Ursa Maior, e tem massa quatro vezes maior que Júpiter, o maior planeta do sistema solar.

O descobrimento do planeta foi capa da revista Nature de ontem (29). De acordo com a equipe de astrônomos liderada por Gregory Laughlin, o objeto de estudo tem a órbita mais excêntrica já estudada.

A distância do planeta para sua estrela-mãe é de 130 milhões de quilômetros (85% da distância da Terra ao Sol). Porém, uma vez a cada 111 dias, em seu periastro, ele chega a 5 milhões de quilômetros dela (10 vezes mais próximo que a distância de Mercúrio ao Sol), o que o expõe a uma radiação 800 vezes maior.


É neste período que o planeta atinge a temperatura máxima de 1227º C, e cria ondas de choque em sua superfície. O mais interessante, segundo os pesquisadores, é que ele gira de modo que sempre o mesmo lado fica apontado para a estrela-mãe, ou seja, enquanto um lado está “incandescente”, o outro permanece mais frio.

Dia 13 de fevereiro, há 15% de possibilidade do planeta passar a frente de sua estrela, o que permitirá que seja observado até mesmo por telescópios de astrônomos amadores na Terra.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

domingo, 15 de novembro de 2009

Aramis Santoro:

TÃO POUCO PRA SER FELIZ – CANIBAIS

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Novo Sistema Solar: O Sistema Solar tem um sistema planetário vizinho mais jovem que o nosso...

Cientistas vêem semelhanças entre os sistemas de Sol e Epsilon Eridani.
Pesquisa detectou cinturões de asteróides e cometas ao redor da estrela.




Um jovem sistema planetário nas vizinhanças galácticas parece ser algo muito parecido com o que foi o Sistema Solar cerca de 4 bilhões de anos atrás. É o que sugere uma espécie de mapeamento do sistema, conduzido por um grupo americano de cientistas.


Concepção artística de planeta e cinturão de asteróides ao redor de Epsilon Eridani (Foto: Divulgação)


"Estudar Epsilon Eridani é como ter uma máquina do tempo para olhar para nosso próprio sistema planetário quando era pequeno", disse, em nota, Massimo Marengo, astrônomo do Centro Harvard-Smithsonian para Astrofísica e co-autor da pesquisa, que será publicada em janeiro no periódico "The Astrophysical Journal".

Epsilon Eridani está apenas a 10,5 anos-luz de distância -- está em nono lugar, no ranking de proximidade com o Sistema Solar. Ela também é uma estrela bem mais jovem que o Sol, com 850 milhões de anos. Nosso astro-rei, para que se tenha uma idéia da diferença, tem quase 4,7 bilhões de anos de idade.














Já se sabia que havia um planeta gigante -- parecido com Júpiter -- ao redor de Epsilon Eridani. mas o que os cientistas conseguiram observar agora, graças à ajuda do Telescópio Espacial Spitzer, da Nasa, foi o conjunto completo de cinturões de asteróides ou objetos gelados que existem ao redor desse sistema planetário.

Os pesquisadores, liderados por Dana Backman, do Instituto Seti, concluíram que Epsilon Eridani possui dois cinturões de asteróides. O mais próximo da estrela se parece muito, em localização e porte, ao do cinturão que existe no Sistema Solar, entre Marte e Júpiter.

Mas um segundo cinturão, localizado mais ou menos onde, por aqui, está o planeta Urano, existe lá. A massa de todos os objetos nele contidos equivale mais ou menos à massa da nossa Lua.

E, finalmente, um terceiro cinturão, esse de objetos similares a cometas, existe na borda do sistema de Epsilon Eridani. Ele é parecido com o que no Sistema Solar nós chamamos de cinturão de Kuiper -- um reservatório de objetos gelados do qual Plutão faz parte. Só que, em Epsilon Eridani, esse reservatório é muito maior. Os cientistas especulam que seja por conta da tenra idade do sistema planetário -- com o tempo, muitos dos objetos devem "cair" para dentro do sistema, reduzindo a massa total do cinturão exterior.

Mas o mais interessante é que esses cinturões indicam a presença de planetas no sistema. Eles serviriam como "guardiões" dos cinturões, do mesmo modo que certas luas alimentam e protegem os anéis de Saturno.

"Planetas são a forma mais simples de explicar o que estamos vendo", diz Marengo.

Os cientistas postulam a existência de três planetas, com massas entre a de Júpiter e de Netuno, para explicar os cinturões. Um deles já havia sido descoberto; outros dois ainda aguardam confirmação. Como eles estariam mais afastados da estrela, detectá-los exigiria mais de dez anos de observações ininterruptas.

Isso coloca Epsilon Eridani como um sistema planetário dos mais interessantes -- possivelmente um laboratório de como foi o Sistema Solar na época em que a vida surgiu sobre a Terra.






Investigação sobre os exoplanetas



© John Whatmough
51 Peg b, o primeiro exoplaneta detectado pelos astrofísicos suíços Michel Mayor e Didier Queloz, em 1995.



















Não existe qualquer motivo para pensarmos que os planetas do sistema solar representam todos os tipos de planetas”, diz o astrofísico suíço Michel Mayor, descobridor do primeiro planeta extrassolar (51 Peg b), em 1995. Em abril passado, sua equipe do Observatório de Genebra detectou o menor exoplaneta conhecido até hoje.



Depoimento registrado por Marie-Christine Pinault-Desmoulins (UNESCO).

As grandes descobertas científicas ocorrem frequentemente por acaso. Será que esta afirmação se aplica também ao primeiro exoplaneta que você e Didier Queloz descobriram há 15 anos?

Não, se isso significar um golpe de sorte. Na realidade, trata-se do desfecho de um prolongado processo de pesquisa e do aperfeiçoamento de instrumentos que permitem avaliar com precisão a velocidade das estrelas. O espectrógrafo que nos permitiu detectar o primeiro exoplaneta no “Observatório de Provence” (França) chamava-se ELODIE e foi desenvolvido precisamente com o objetivo de procurar planetas fora do sistema solar.

A sorte esteve de nosso lado pelo fato de termos descoberto planetas que giram em torno de sua órbita bastante rapidamente: o período orbital do 51 Peg b é de apenas 4,2 dias. Para termos uma idéia, o período orbital de Júpiter é de 4.332,71 dias, ou seja, cerca de 10 anos. Não há dúvida de que os objetos com período orbital mais curto são mais fáceis de descobrir e observar; em algumas noites, é possível acumular observações bastante úteis que, em outros casos, exigiriam períodos de 10 a 20 anos.


.
Qual é atualmente sua pesquisa mais importante?

A curto prazo, eu diria que a pesquisa segue três eixos principais:
a planetologia comparada, a detecção de planetas mais leves e o imageador planetário.


.O imageador planetário é uma prioridade da pesquisa atual. Na foto, a nebulosa Rosette, situada a 4.500 anos-luz da Terra, em imagem obtida pelo telescópio espacial infravermelho Spitzer.


No primeiro caso, trata-se de combinar os dados obtidos por satélites e instrumentos situados no solo para determinar a densidade média dos planetas; esses estudos visam conhecer a física dos planetas, uma área importante na medida em que não há qualquer razão para pensar que os planetas do sistema solar sejam representativos de todos os tipos de planetas.
No plano teórico, podemos predizer, por exemplo, que existem planetas feitos por gelo fundido.
Tal seria o caso de Netuno – se ele se aproximasse do Sol, sua superfície ficaria coberta com um enorme oceano. Esses oceanos, no entanto, nada teriam a ver com os da Terra pelo fato de não terem fundo rochoso.

No que diz respeito à pesquisa de planetas mais leves, convém saber que até recentemente éramos capazes de detectar planetas extrassolares com pelo menos quatro vezes a massa da Terra. Isso equivale a algo quase 100 vezes mais leve que Júpiter. No nosso jargão, eles recebem o qualificativo de “Superterras”. Graças aos novos instrumentos, porém, acabamos de descobrir um exoplaneta telúrico apenas duas vezes mais maciço que a Terra. [Ndr: em 21 de abril passado, o “Observatório de Genebra” anunciou a descoberta de Gliese 581 E]

Estas descobertas ocorrem através de métodos indiretos. Paralelamente, o imageador planetário, que permite ver diretamente os exoplanetas, está em pleno desenvolvimento. No final do ano passado, registramos excelentes resultados ao obtermos imagens de alguns enormes planetas bastante jovens. Mas, cuidado! Não estou dizendo que, daqui em diante, estaremos submersos por imagens porque, na maior parte dos casos, os exoplanetas não são facilmente visíveis por já estarem frios ou perto demais de suas estrelas.

Atualmente, o Observatório de Genebra está em via de desenvolver, em colaboração com seus parceiros, um imageador para detectar diretamente exoplanetas. Há mais de cinco anos sendo elaborado por mais de 200 pessoas, prevê-se que este instrumento, chamado SPHERE, esteja operacional em 2011.



© UNESCO/Michel Ravassard
Michel Mayor: descobridor do primeiro planeta extrassolar participou do lançamento do Ano Internacional da Astronomia, em janeiro deste ano, na UNESCO.
































Em que estado se encontra a colaboração internacional na área da astrofísica?


Atualmente, na área da pesquisa sobre os planetas, a colaboração mais corrente é estabelecida de pessoa a pessoa. Não existe, portanto, uma verdadeira colaboração internacional. Convém acrescentar que, em determinadas áreas, tal colaboração não é necessária e torna-se até mesmo indesejável: aí, justifica-se a competição. Pelo contrário, ao implicar recursos consideráveis, a pesquisa da vida no universo exige certamente a união de todos os esforços. Além disso, é provável que as estruturas atuais não sejam adequadas para promover, de maneira eficaz, esse tipo de missão.

Esta missão ambiciosa tem reduzido sua atividade especialmente por razões orçamentárias, tanto por parte da Agência Espacial Européia como da NASA. Alguns pesquisadores sonham com uma espécie de instituto para coordenar esse gênero de estudos em escala mundial. Por enquanto, isso não passa de uma boa intenção.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Explosão estrelar: A mais intrigante já vista
http://www.youtube.com/watch?v=Yw-CJzBatWU&feature=player_embedded
Acima você pode ver uma animação da evolução do envento nos últimos anos que utiliza uma série de fotos feitas pelo Telescópio Espacial Hubble e computação gráfica.

Para você ter uma idéia da imensa violência da explosão assista o vídeo abaixo com uma estrela companheira ao lado para comparar.
http://www.youtube.com/watch?v=CDwm5dC-hYE&feature=player_embedded

domingo, 1 de novembro de 2009

Galáxias no Universo

http://www.universitario.com.br/noticias/imagens_noticias/galaxia_ngc_2441.jpg.http://estagiarios.zip.net/images/060303_f_022.jpg
Visite meus blogg sobre o Universo:

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Luta contra a mudança climática

Tema é debatido no 60º Congresso Internacional de Astronáutica. Evento reúne 3 mil cientistas na Coreia do Sul.

Especialistas defendem ciência espacial contra mudança climática

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRHHKfl90oKawQwIGrgmP4Rnkol-QkzBo4H8Ls9bgr3ozRmWj2DnSZsZcqeAN7qXVSSdFOC40B2BbdpndUDZZKjVzjB3Itxj2pkbZgPXFJo5xGfNCemXE4LGVNYHBn5w98gUJi_Pm7TCs/s400/MUDAN%C3%87AS+CLIM%C3%81TICAS.JPG.http://suprememastertv.com/data/geditor/0811/deforestation.jpg.

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http://journalistambiental.files.wordpress.com/2007/10/ozone-hole-sept-21-07.png?w=336&h=311

A ciência espacial é uma importante ferramenta na luta contra a mudança climática, além de motor de crescimento por meio da cooperação internacional, segundo as ideias defendidas no 60º Congresso Internacional de Astronáutica, que começou nesta segunda-feira (12/10/2009) na Coreia do Sul com a participação de 3 mil especialistas.

O presidente da Federação Internacional de Astronáutica (IAF, em inglês), Berndt Feuerbacher, afirmou na abertura do evento que, apesar das dificuldades econômicas, ficou comprovado que a indústria espacial provou ter um grande potencial e pode contribuir para o crescimento sustentável. Além disso, destacou a importância da ciência espacial para combater a mudança climática, e para isso pediu cooperação entre os organismos presentes.

Feuerbacher lembrou o papel cada vez mais importante dos satélites para controlar os níveis de dióxido de carbono na atmosfera terrestre e outros gases do efeito estufa, assim como a necessidade de cooperar e compartilhar informação nessa área.

A cidade sul-coreana de Daejeon reunirá durante cinco dias importantes cientistas, empresários e representantes de governos das principais potências espaciais e dos novos países emergentes. Entre os presentes, estão os diretores das principais agências espaciais do mundo, como a Agência Espacial Europeia (ESA), a americana NASA, a russa Roscosmos, a japonesa Jaxa, a chinesa CNSA e a indiana ISRO.

O encontro é o mais importante do campo da ciência aeroespacial e, este ano, estará orientado a oferecer ideias sobre a luta contra o aquecimento global, para promover o uso civil do espaço e a cooperação.

Na cerimônia de abertura, o presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, fez uma chamada à comunidade internacional para cooperar no desenvolvimento espacial. A Coreia do Sul e seu Instituto de Pesquisa Aeroespacial da Coreia (KARI, em inglês), propuseram a criação de um grande grupo regional Ásia-Pacífico para aumentar a cooperação em matéria espacial e que tem a intenção de estender seus laços à América Latina e à África.

No mês passado, a Coreia do Sul deu os primeiros passos de seu programa espacial de foguetes ao lançar o Naro-1, que foi qualificado como "um êxito médio", já que não conseguiu pôr em órbita o satélite que levava. A Coreia do Sul conta com a cooperação da Rússia, que contribuiu para a construção do Naro-1 em seu programa espacial, mas espera poder construir seus próprios foguetes até 2018 e enviar uma sonda à Lua em 2025.

O satélite natural da Terra será uma dos temas presentes no encontro, depois que na sexta-feira (09) passada a NASA conseguiu realizar um impacto controlado em uma cratera do polo sul lunar para provar a existência de água.

Com um objetivo a longo prazo, as grandes economias emergentes da Ásia, China e Índia querem também se unir na conquista da Lua, com o objetivo de estabelecer bases permanentes no futuro e realizar a exploração de recursos, como o hélio-3, um composto que poderia ser vital para a fusão nuclear.

Vantagens comparativas Assim, o presidente da IAF pediu para aumentar a cooperação internacional e indicou que os países que ainda têm um programa espacial em suas primeiras fases podem fazer valer as áreas nas quais são pioneiros.

Feuerbacher deu como exemplo a Coreia do Sul e sua importância no setor das tecnologias da informação, e lembrou que os problemas de financiamento, como os que aparecem em épocas de crise, fomentarão a colaboração internacional.

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Fonte: G1

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPYv68_WmqNYQ9w9j9JBDL1s4k5g2uzvj1gDay0usoCdTXBwVTGPym7K4nzBWq9jrvC6t7_cZNrtLU7JwUJe_d1D1xhOFD6DMjQCQ6Z2boAM4EH_Joi7Nm2MrjVx7gU7Q7dXRAOmEnhyphenhyphenWH/s400/Mudan%C3%A7as+clim%C3%A1tica_4_Portugal.jpg

MISSÃO:procurar por água no subsolo da cratera Cabeus


LCROSS foi um sucesso.

Confira vídeos com as etapas da Missão.

Para procurar por água no subsolo da cratera Cabeus, no pólo sul lunar, a NASA espatifou dois objetos contra o local ontem (09/10/2009) de manhã.

O primeiro impacto, às 8h31 de Brasília, foi do último estágio do foguete Atlas V – chamado Centauro – que levou a sonda LCROSS (Satélite de Sensoriamento e Observação de Crateras Lunares) à Lua. O Centauro tinha 13 metros e 2,2 toneladas.

Imagem da Lua capturada pela câmera da sonda LCROSS (Foto: NASA)

O evento levantou uma nuvem ge gás e poeira que foi atravessada pela LCROSS. Durante a travessia de 4 minutos, a sonda foi capaz de coletar amostras do material, analisá-las e enviar os resultados para a Terra. Depois, à 8h35, a sonda também se chocou contra a superfície da Lua.

Fotografia tirada pela LCROSS logo antes de seu impacto (Foto: NASA)

Confira no aqui um vídeo do G1 mostrando as etapas da missão. Abaixo está um vídeo da BBC Brasil mostrando a transmissão dos impactos pela NASA TV.

Concepção artística da LCROSS e do Centauro (Foto: NASA)

Decepção Alguns astrônomos que observaram o impacto a partir de telescópios se disseram decepcionados com as imagens captadas. "Talvez haja menos material para analisar do que eles esperavam", disse Robert Massey, da Real Sociedade Astronômica Britânica.

"Eles sugeriram que astrônomos amadores em todo o oeste dos Estados Unidos observassem o impacto. Mas precisaria ser algo muito claro para ser detectado por telescópios amadores a partir da Terra", afirmou.