sexta-feira, 16 de maio de 2008

Buracos Negros e Descobertas novas







Em 1970, cientistas americanos colocaram um novo satélite em órbita, o Uburu. Sua missão era captar objetos que emitiam raios X muito intensos: radiação energética que é sinal seguro de violenta atividade no cosmo. O Uburu detectou 339 fontes de raios X, inclusive Cygnus X-1. Em vários casos, a fonte era uma estrela de nêutrons compacta extraindo gás de uma estrela companheira. Mas Cygnus X-1 era diferente. Na mesma posição dessa fonte de raios X há uma estrela azul, quente, imensa, com massa aproximadamente 30 vezes superior à do sol. Ela está girando em torno de um objeto invisível que tem massa aproximada de 10 sóis - bem acima do limite das estrelas de nêutrons. Os astrônomos concluíram que o objeto invisível deve ser um buraco negro, o primeiro dos muitos que vêm sendo detectados.

[58 - página 14]

Stephen Hawking

Dedica a sua vida ao trabalho, estudando os buracos negros e a origem do universo. Incapacitado por uma doença neuromotora, Hawking só se comunica por meio de um computador, por isso ele armazena conceitos complexos em sua memória. Esse exercíci

o mental levou-o a predizer que os buracos negros sempre explodem, embora os mais maciços sobrevivam por mais tempo. Hawking sugeriu que miniburacos negros gerados no Big Bang devem estar explodindo exatamente agora.

Os buracos negros podem brilhar muito, diminuir de tamanho e até explodir. Quando o físico inglês Stephen Hawking fez essa previsão, em 1974, o mundo científico tremeu. Os buracos negros eram vistos como os maiores sumidouros de matéria e energia do cosmo: nada poderia sair deles. Além disso, eles só poderiam crescer à medida que ganhavam massa engolindo gases e estrelas. A teoria de Hawking foi um inspirado lance de imaginação, que combinou relatividade geral e teoria quântica - a física do muito pequeno. Hawking descobriu que a energia é emitida através do campo gravitacional que circunda um buraco negro, drenando sua energia e sua massa. Essa "radiação de Hawking" é desprezível para a maioria dos buracos negros, mas os muitos pequenos irradiam energia em níveis elevados até explodirem com violência.

[58 pág. 35]

Buracos Negros, buracos brancos, buracos de minhoca e universo-bebê

Alguns cientistas em seminários e artigos vêm examinando a possibilidade de viagens com velocidades mais rápidas que a luz. Os "buracos de minhoca" (Wormholes), taquions (tachyons = partículas que viajam com velocidades muito superiores à velocidade da luz) e dimensões paralelas têm sido alguns dos tópicos examinados. Os próprios wormholes são, na teoria, caminhos por onde uma espaçonave poderia viajar para diminuir seu tempo de deslocamento. Estuda-se que um wormhole capaz de permitir a passagem de uma nave teria uma massa maior que a do planeta terra...

Buracos negros Buracos brancos Buracos de minhoca Universo-bebê
Buracos negros são estrelas que sofreram um colapso gravitacional e passaram a absorver toda e qualquer massa que estiver à sua volta para si mesmas, funcionando como um 'sugador'.
As leis da física obedecem uma simetria temporal. Assim, se existem os buracos negros, em que os objetos podem cair, mas não podem escapar, então também existem locais onde os objetos não podem penetrar, mas podem escapar. Esses locais seriam chamados de buracos brancos.
Poderíamos especular que, durante uma viagem, seria possível penetrar num buraco negro e sair por um buraco branco para chegar mais rápido à outras galáxias. Estas passagens ou túneis que unem estes dois buracos são chamadas "buracos de minhoca" ou "buraco de verme".
Passando por um buraco de minhoca a espaçonave desembocaria em um pequeno "Universo-bebê". Ou seja, um Universo pequeno e independente que separa a nossa região do restante do Universo, um espaço 'intermediário'.


As noções matemáticas e físicas do que é um buraco negro e uma estrela de neutrons ou de como funcionam as distorções resultantes da ultracompactação a eles associadas podem ficar mais fáceis de entender, com as imagens e filmes breves criados por Robert Nemiroff, em computador, a partir da Teoria de Relatividade de Einstein. Nemiroff é pesquisador na Universidade Tecnológica de Michigan, MTU, e do Centro Espacial Goddard, da NASA. O internauta interessado em fazer a viagem virtual por ele proposta, deve acessar Virtual Trips to Black Holes and Neutron Stars, com direito a explicações sobre os princípios da gravidade e os efeitos das distorções, retratadas nas imagens.


HAWKING, Sthephen. Buracos Negros, Universos-bebês e outros ensaios - editora Rocco.


Descoberta a mais jovem supernova da Via Láctea

Qua, 14 Mai, 05h57

WASHINGTON (AFP) - A descoberta da mais jovem supernova conhecida em nossa galáxia, a Via Láctea, poderá fazer avançar os conhecimentos sobre as explosões das estrelas no final da vida - que parecem desempenhar um papel importante na dinâmica galáctica, segundo trabalhos de cientistas publicados durante a semana.


A idade desta supernova, com existência estimada em cerca de 140 anos, seria de cerca de 200 anos menos que a supernova considerada até então a mais jovem desta categoria de objetos celestes da Via Láctea.

Batizada Cassiopeia, teria se produzido por volta de 1680, segundo as estimativas baseadas nos restos da explosão luminosa.

Uma supernova descreve o conjunto de fenômenos diretamente ligados à explosão de uma estrela, acompanhada de um aumento breve mas extremamente intenso de sua luminosidade.

O astrofísico Stephen Reynolds da Universidade do Estado da Carolina do Norte (sudeste), principal autor desta descoberta, supõe que este objeto, batizado G1.9+0.3, é uma supernova muito recente estudada por astrônomos há mais de 50 anos.

Ele examinou imagens do objeto tomadas pelo telescópio espacial americano "Chandra X-Ray Observatory" em 2007 e as comparou às obtidas em 1985 pelo telescópio "National radio astronomy observatory's very large array" da Nasa.

As imagens provenientes do telescópio Chandra não apenas confirmaram que se tratava de um fenômeno de supernova recente, mas mostraram também que esta supernova aumentou seu tamanho em 16% em apenas 22 anos.

Ficou estabelecido que esta estrela explodiu há 140 anos, ou ainda mais tarde se a velocidade da explosão diminuiu, explica Stephen Reynolds.

As supernovas parecem desempenhar um papel essencial na história do universo porque, a explosão de uma estrela que chega ao final da vida, após ter esgotado seu combustível nuclear, libera elementos químicos. Além disso, a onda de choque da supernova favorece a formação de novas estrelas, explicam os astrônomos.

3 comentários:

PISURF disse...

Será q. a materia escura e a energia escura tem alguma ligação c/ as partículas que possuem velocidades maiores q. a da luz. Por isso não são percebidas por métodos convencionais. Essas partículas são as q. escapam dos buracos negros p/ o infinito e, de alguma forma estão contribuindo c/ a expansão do universo...

PISURF disse...

Acredito q. toda a materia tragada pelos buracos negros deva estar sendo acumulada e, num determinado instante haverá uma nova singularidade igual ao Big Bang dando início a um novo universo. Esse processo se repetirá sempre. Nunca teve início, nem terá fim...(Quem veio primeiro, Deus ou o Aleatório?)

PISURF disse...

Acredito q. toda a materia tragada pelos buracos negros deva estar sendo acumulada e, num determinado instante haverá uma nova singularidade igual ao Big Bang dando início a um novo universo. Esse processo se repetirá sempre. Nunca teve início, nem terá fim...(Quem veio primeiro, Deus ou o Aleatório?)