domingo, 15 de novembro de 2009
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Novo Sistema Solar: O Sistema Solar tem um sistema planetário vizinho mais jovem que o nosso...
Pesquisa detectou cinturões de asteróides e cometas ao redor da estrela.
Um jovem sistema planetário nas vizinhanças galácticas parece ser algo muito parecido com o que foi o Sistema Solar cerca de 4 bilhões de anos atrás. É o que sugere uma espécie de mapeamento do sistema, conduzido por um grupo americano de cientistas.
Concepção artística de planeta e cinturão de asteróides ao redor de Epsilon Eridani (Foto: Divulgação)
"Estudar Epsilon Eridani é como ter uma máquina do tempo para olhar para nosso próprio sistema planetário quando era pequeno", disse, em nota, Massimo Marengo, astrônomo do Centro Harvard-Smithsonian para Astrofísica e co-autor da pesquisa, que será publicada em janeiro no periódico "The Astrophysical Journal".
Epsilon Eridani está apenas a 10,5 anos-luz de distância -- está em nono lugar, no ranking de proximidade com o Sistema Solar. Ela também é uma estrela bem mais jovem que o Sol, com 850 milhões de anos. Nosso astro-rei, para que se tenha uma idéia da diferença, tem quase 4,7 bilhões de anos de idade.
Já se sabia que havia um planeta gigante -- parecido com Júpiter -- ao redor de Epsilon Eridani. mas o que os cientistas conseguiram observar agora, graças à ajuda do Telescópio Espacial Spitzer, da Nasa, foi o conjunto completo de cinturões de asteróides ou objetos gelados que existem ao redor desse sistema planetário.
Os pesquisadores, liderados por Dana Backman, do Instituto Seti, concluíram que Epsilon Eridani possui dois cinturões de asteróides. O mais próximo da estrela se parece muito, em localização e porte, ao do cinturão que existe no Sistema Solar, entre Marte e Júpiter.
Mas um segundo cinturão, localizado mais ou menos onde, por aqui, está o planeta Urano, existe lá. A massa de todos os objetos nele contidos equivale mais ou menos à massa da nossa Lua.
E, finalmente, um terceiro cinturão, esse de objetos similares a cometas, existe na borda do sistema de Epsilon Eridani. Ele é parecido com o que no Sistema Solar nós chamamos de cinturão de Kuiper -- um reservatório de objetos gelados do qual Plutão faz parte. Só que, em Epsilon Eridani, esse reservatório é muito maior. Os cientistas especulam que seja por conta da tenra idade do sistema planetário -- com o tempo, muitos dos objetos devem "cair" para dentro do sistema, reduzindo a massa total do cinturão exterior.
Mas o mais interessante é que esses cinturões indicam a presença de planetas no sistema. Eles serviriam como "guardiões" dos cinturões, do mesmo modo que certas luas alimentam e protegem os anéis de Saturno.
"Planetas são a forma mais simples de explicar o que estamos vendo", diz Marengo.
Os cientistas postulam a existência de três planetas, com massas entre a de Júpiter e de Netuno, para explicar os cinturões. Um deles já havia sido descoberto; outros dois ainda aguardam confirmação. Como eles estariam mais afastados da estrela, detectá-los exigiria mais de dez anos de observações ininterruptas.
Isso coloca Epsilon Eridani como um sistema planetário dos mais interessantes -- possivelmente um laboratório de como foi o Sistema Solar na época em que a vida surgiu sobre a Terra.
Investigação sobre os exoplanetas
© John Whatmough 51 Peg b, o primeiro exoplaneta detectado pelos astrofísicos suíços Michel Mayor e Didier Queloz, em 1995. |
Não existe qualquer motivo para pensarmos que os planetas do sistema solar representam todos os tipos de planetas”, diz o astrofísico suíço Michel Mayor, descobridor do primeiro planeta extrassolar (51 Peg b), em 1995. Em abril passado, sua equipe do Observatório de Genebra detectou o menor exoplaneta conhecido até hoje.
As grandes descobertas científicas ocorrem frequentemente por acaso. Será que esta afirmação se aplica também ao primeiro exoplaneta que você e Didier Queloz descobriram há 15 anos?
Não, se isso significar um golpe de sorte. Na realidade, trata-se do desfecho de um prolongado processo de pesquisa e do aperfeiçoamento de instrumentos que permitem avaliar com precisão a velocidade das estrelas. O espectrógrafo que nos permitiu detectar o primeiro exoplaneta no “Observatório de Provence” (França) chamava-se ELODIE e foi desenvolvido precisamente com o objetivo de procurar planetas fora do sistema solar.
A sorte esteve de nosso lado pelo fato de termos descoberto planetas que giram em torno de sua órbita bastante rapidamente: o período orbital do 51 Peg b é de apenas 4,2 dias. Para termos uma idéia, o período orbital de Júpiter é de 4.332,71 dias, ou seja, cerca de 10 anos. Não há dúvida de que os objetos com período orbital mais curto são mais fáceis de descobrir e observar; em algumas noites, é possível acumular observações bastante úteis que, em outros casos, exigiriam períodos de 10 a 20 anos.
. |
a planetologia comparada, a detecção de planetas mais leves e o imageador planetário.
No primeiro caso, trata-se de combinar os dados obtidos por satélites e instrumentos situados no solo para determinar a densidade média dos planetas; esses estudos visam conhecer a física dos planetas, uma área importante na medida em que não há qualquer razão para pensar que os planetas do sistema solar sejam representativos de todos os tipos de planetas.
No plano teórico, podemos predizer, por exemplo, que existem planetas feitos por gelo fundido.
Tal seria o caso de Netuno – se ele se aproximasse do Sol, sua superfície ficaria coberta com um enorme oceano. Esses oceanos, no entanto, nada teriam a ver com os da Terra pelo fato de não terem fundo rochoso.
No que diz respeito à pesquisa de planetas mais leves, convém saber que até recentemente éramos capazes de detectar planetas extrassolares com pelo menos quatro vezes a massa da Terra. Isso equivale a algo quase 100 vezes mais leve que Júpiter. No nosso jargão, eles recebem o qualificativo de “Superterras”. Graças aos novos instrumentos, porém, acabamos de descobrir um exoplaneta telúrico apenas duas vezes mais maciço que a Terra. [Ndr: em 21 de abril passado, o “Observatório de Genebra” anunciou a descoberta de Gliese 581 E]
Estas descobertas ocorrem através de métodos indiretos. Paralelamente, o imageador planetário, que permite ver diretamente os exoplanetas, está em pleno desenvolvimento. No final do ano passado, registramos excelentes resultados ao obtermos imagens de alguns enormes planetas bastante jovens. Mas, cuidado! Não estou dizendo que, daqui em diante, estaremos submersos por imagens porque, na maior parte dos casos, os exoplanetas não são facilmente visíveis por já estarem frios ou perto demais de suas estrelas.
Atualmente, o Observatório de Genebra está em via de desenvolver, em colaboração com seus parceiros, um imageador para detectar diretamente exoplanetas. Há mais de cinco anos sendo elaborado por mais de 200 pessoas, prevê-se que este instrumento, chamado SPHERE, esteja operacional em 2011.
© UNESCO/Michel Ravassard Michel Mayor: descobridor do primeiro planeta extrassolar participou do lançamento do Ano Internacional da Astronomia, em janeiro deste ano, na UNESCO. |
Em que estado se encontra a colaboração internacional na área da astrofísica?
Atualmente, na área da pesquisa sobre os planetas, a colaboração mais corrente é estabelecida de pessoa a pessoa. Não existe, portanto, uma verdadeira colaboração internacional. Convém acrescentar que, em determinadas áreas, tal colaboração não é necessária e torna-se até mesmo indesejável: aí, justifica-se a competição. Pelo contrário, ao implicar recursos consideráveis, a pesquisa da vida no universo exige certamente a união de todos os esforços. Além disso, é provável que as estruturas atuais não sejam adequadas para promover, de maneira eficaz, esse tipo de missão.
Esta missão ambiciosa tem reduzido sua atividade especialmente por razões orçamentárias, tanto por parte da Agência Espacial Européia como da NASA. Alguns pesquisadores sonham com uma espécie de instituto para coordenar esse gênero de estudos em escala mundial. Por enquanto, isso não passa de uma boa intenção.
terça-feira, 3 de novembro de 2009
Acima você pode ver uma animação da evolução do envento nos últimos anos que utiliza uma série de fotos feitas pelo Telescópio Espacial Hubble e computação gráfica.
Para você ter uma idéia da imensa violência da explosão assista o vídeo abaixo com uma estrela companheira ao lado para comparar.
domingo, 1 de novembro de 2009
Galáxias no Universo
Visite meus blogg sobre o Universo:
http://poemaevida.blogspot.com/
http://cosmosevida.blogspot.com/
http://caminhosevida.blogspot.com/.....
Luta contra a mudança climática
Tema é debatido no 60º Congresso Internacional de Astronáutica. Evento reúne 3 mil cientistas na Coreia do Sul.
Especialistas defendem ciência espacial contra mudança climática
..A ciência espacial é uma importante ferramenta na luta contra a mudança climática, além de motor de crescimento por meio da cooperação internacional, segundo as ideias defendidas no 60º Congresso Internacional de Astronáutica, que começou nesta segunda-feira (12/10/2009) na Coreia do Sul com a participação de 3 mil especialistas.
O presidente da Federação Internacional de Astronáutica (IAF, em inglês), Berndt Feuerbacher, afirmou na abertura do evento que, apesar das dificuldades econômicas, ficou comprovado que a indústria espacial provou ter um grande potencial e pode contribuir para o crescimento sustentável. Além disso, destacou a importância da ciência espacial para combater a mudança climática, e para isso pediu cooperação entre os organismos presentes.
Feuerbacher lembrou o papel cada vez mais importante dos satélites para controlar os níveis de dióxido de carbono na atmosfera terrestre e outros gases do efeito estufa, assim como a necessidade de cooperar e compartilhar informação nessa área.
A cidade sul-coreana de Daejeon reunirá durante cinco dias importantes cientistas, empresários e representantes de governos das principais potências espaciais e dos novos países emergentes. Entre os presentes, estão os diretores das principais agências espaciais do mundo, como a Agência Espacial Europeia (ESA), a americana NASA, a russa Roscosmos, a japonesa Jaxa, a chinesa CNSA e a indiana ISRO.
O encontro é o mais importante do campo da ciência aeroespacial e, este ano, estará orientado a oferecer ideias sobre a luta contra o aquecimento global, para promover o uso civil do espaço e a cooperação.
Na cerimônia de abertura, o presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, fez uma chamada à comunidade internacional para cooperar no desenvolvimento espacial. A Coreia do Sul e seu Instituto de Pesquisa Aeroespacial da Coreia (KARI, em inglês), propuseram a criação de um grande grupo regional Ásia-Pacífico para aumentar a cooperação em matéria espacial e que tem a intenção de estender seus laços à América Latina e à África.
No mês passado, a Coreia do Sul deu os primeiros passos de seu programa espacial de foguetes ao lançar o Naro-1, que foi qualificado como "um êxito médio", já que não conseguiu pôr em órbita o satélite que levava. A Coreia do Sul conta com a cooperação da Rússia, que contribuiu para a construção do Naro-1 em seu programa espacial, mas espera poder construir seus próprios foguetes até 2018 e enviar uma sonda à Lua em 2025.
O satélite natural da Terra será uma dos temas presentes no encontro, depois que na sexta-feira (09) passada a NASA conseguiu realizar um impacto controlado em uma cratera do polo sul lunar para provar a existência de água.
Com um objetivo a longo prazo, as grandes economias emergentes da Ásia, China e Índia querem também se unir na conquista da Lua, com o objetivo de estabelecer bases permanentes no futuro e realizar a exploração de recursos, como o hélio-3, um composto que poderia ser vital para a fusão nuclear.
Vantagens comparativas Assim, o presidente da IAF pediu para aumentar a cooperação internacional e indicou que os países que ainda têm um programa espacial em suas primeiras fases podem fazer valer as áreas nas quais são pioneiros.
Feuerbacher deu como exemplo a Coreia do Sul e sua importância no setor das tecnologias da informação, e lembrou que os problemas de financiamento, como os que aparecem em épocas de crise, fomentarão a colaboração internacional.
.. ..
Fonte: G1
MISSÃO:procurar por água no subsolo da cratera Cabeus
LCROSS foi um sucesso.
Confira vídeos com as etapas da Missão.
Para procurar por água no subsolo da cratera Cabeus, no pólo sul lunar, a NASA espatifou dois objetos contra o local ontem (09/10/2009) de manhã.
O primeiro impacto, às 8h31 de Brasília, foi do último estágio do foguete Atlas V – chamado Centauro – que levou a sonda LCROSS (Satélite de Sensoriamento e Observação de Crateras Lunares) à Lua. O Centauro tinha 13 metros e 2,2 toneladas.
O evento levantou uma nuvem ge gás e poeira que foi atravessada pela LCROSS. Durante a travessia de 4 minutos, a sonda foi capaz de coletar amostras do material, analisá-las e enviar os resultados para a Terra. Depois, à 8h35, a sonda também se chocou contra a superfície da Lua.
Confira no aqui um vídeo do G1 mostrando as etapas da missão. Abaixo está um vídeo da BBC Brasil mostrando a transmissão dos impactos pela NASA TV.
Decepção Alguns astrônomos que observaram o impacto a partir de telescópios se disseram decepcionados com as imagens captadas. "Talvez haja menos material para analisar do que eles esperavam", disse Robert Massey, da Real Sociedade Astronômica Britânica.
"Eles sugeriram que astrônomos amadores em todo o oeste dos Estados Unidos observassem o impacto. Mas precisaria ser algo muito claro para ser detectado por telescópios amadores a partir da Terra", afirmou.
) anel gigante em torno de Saturno
O maior anel do planeta abrigaria 1 bilhão de Terras dentro de seu diâmetro. Descoberto foi feita com câmera em telescópio espacial.
Cientistas da NASA (Agência Espacial americana) descobriram um anel gigante em torno de Saturno, em cujo diâmetro caberiam alinhados 1 bilhão de planetas do tamanho da Terra. Sua parte mais densa fica a cerca de 6 milhões de quilômetros de Saturno e se estende por outros 12 milhões de quilômetros, o que o torna o maior anel de Saturno. A altura do halo é 20 vezes maior que o diâmetro do planeta.
"Trata-se de um anel superdimensionado", definiu a astrônoma Anne Verbiscer, da Universidade da Virgínia em Charlottesville e uma das autoras de um artigo sobre a descoberta publicado na revista científica "Nature". "Se ele fosse visível a partir da Terra, veríamos o anel com a largura de duas luas cheias, com Saturno no meio", comparou a cientista.
Quase invisível Anne e seus colegas utilizaram uma câmera de infravermelho a bordo do telescópio espacial Spitzer para fazer uma "leitura" de uma parte do espaço dentro da órbita de Febe, uma das luas de Saturno.
Segundo a astrônoma, o anel é praticamente invisível por telescópios que utilizam luz, já que é formado por uma fina camada de gelo e por partículas de poeira bastante difusas. "As partículas estão tão distantes umas das outras que mesmo se você ficasse em pé em cima do anel, não o veria", disse Anne. Os cientistas acreditam que a lua Febe é que contribuiu com o material para a formação do anel gigante, ao ser atingida por cometas. A órbita do anel está a 27 graus de inclinação do eixo do principal e mais visível anel de Saturno.
Mistério Os cientistas acreditam que a descoberta do anel poderá ajudar a desvendar um dos maiores mistérios da astronomia – a lua Japeto, também de Saturno. A lua foi descoberta pelo astrônomo Giovanni Cassini em 1671, que percebeu que ela tinha um lado claro e outro bastante escuro, como o conhecido símbolo yin-yang.
Segundo a equipe de Anne, o anel gira na mesma direção de Febe e na direção oposta a Japeto e às outras luas e anéis de Saturno. Com isso, o material do anel colide constantemente com a misteriosa lua, "como uma mosca contra uma janela".
Fonte: G1
NASA divulga novas imagens de Marte
▲ Pólo Sul
▲ Dunas no interior de cratera
Aqui estão animações do SpaceTelescope.org e fotografias feitas pelo Telescópio Espacial Hubble. A trilha sonora é a música “Looking for Something”, do grupo Era.
No vídeo abaixo, a música foi remixada por Darren Tate.
Planetas Diversos
Vários Planetas
A estrela Epsilon Eridani encontra-se a 10 anos-luz da Terra – é a 9ª estrela mais próxima do nosso Sol e pouco mais alaranjada que a nossa estrela.
Na série Star Trek, esta estrela ficou famosa por ter o planeta Vulcan, a casa do Spock, a orbitá-la.
No ano 2000 (confirmado em 2006), observações permitiram ver que a estrela continha um planeta , tornando-se a estrela mais próxima de nós a ter planetas à volta. Apesar do planeta estar a mais de 3 Unidades Astronómicas de distância, o planeta tornou-se conhecido por Vulcan.
Outro possível planeta, Epsilon Eridani c, está a 40 UA de distância da estrela, o que faz completar uma translação (ano) em 280 anos!
Sabia-se também que a estrela tem uma espécie de Cintura de Kuiper, e uma Cintura de Asteróides exatamente na mesma zona da nossa.
As más notícias é que é que esta Cintura de Asteróides põe em causa a excentricidade (0.7) do planeta descoberto, já que ele “limparia” os asteróides na sua órbita.
Por outro lado, descobriu-se uma nova Cintura de Asteróides, mais exterior, entre a Cintura de Asteróides gémea da nossa e a Cintura de Kuiper de lá.
As falhas existentes entre os anéis desta Cintura dão a entender que esta estrela tem vários outros planetas a orbitá-la.
Em Maio de 2007, foi medido um Planeta Gelado-Quente.
Crédito: NASA, ESA e STScI
No nosso Sistema Solar, após os Gigantes Gasosos temos os Gigantes Gelados como Úrano e Neptuno.
Pois bem, foi descoberto um tipo de gigante gelado, do tamanho de Neptuno, mas muito perto da estrela-mãe (que é uma anã vermelha).
O novo planeta, GJ 436 b, foi descoberto em 2004, é 22 vezes mais massivo que a Terra, tem 4 vezes o diâmetro da Terra, tem uma temperatura à superfície de cerca de 300 ºC, está 14 vezes mais próximo da estrela-mãe que Mercúrio do Sol, e encontra-se a cerca de 30 anos-luz de nós.
Apesar de descoberta ter sido há 3 anos atrás, só agora foi possível medir a sua massa e diâmetro, pelo método do Trânsito.
Devido a estas medições, os cientistas estimam que o planeta seja composto principalmente de água.
Mas não água tal como a conhecemos, e certamente que não água à superfície do planeta.
Será água no estado sólido – chamado de gelo – mas não daquele gelo que encontramos na Terra, mas sim gelo especial adaptado a temperaturas e pressões bastante estranhas que aqui na Terra só conseguimos produzir em laboratórios (existem 12 tipos diferentes de gelo).
Em Maio de 2007, foi encontrado um inferno planetário. Foi encontrado o planeta mais quente. Com cerca de 2000 ºC, este planeta é mais quente do que algumas estrelas! (como comparação temos que no nosso Sistema Solar o planeta mais quente é Vénus, com cerca de 450 ºC) Será talvez o planeta mais negro descoberto até hoje.
Cortesia: NASA/JPL/Caltech
Chama-se HD 149026b e é um planeta extrasolar categorizado de Júpiter Quente. Encontra-se a 279 anos-luz da Terra, na constelação de Hércules.
Em Maio de 2007, foi descoberto um trio de planetas com tamanho de Neptuno. A estrela que é companheira destes mundos é a HD 69830, a qual é menos maciça que a estrela Sol. Um aspecto curioso relacionado com estas descobertas, é que cada vez mais se encontram planetas cada vez mais pequenos em órbitas cada vez mais afastadas.
Em Maio de 2007, foi anunciado que astrónomos ligados à UT descobriram dois planetas a orbitar a estrela HD 155358.
É interessante ver que as suas órbitas interagem gravitacionalmente de modo a que cada uma delas fica mais circular ou mais excêntrica em clara inversão proporcional à mudança da outra órbita.
Surpreendentemente o sistema é estável, com ciclos de 3.000 anos.
Estes planetas levantam novamente algumas dúvidas quanto à teoria de formação de planetas largamente aceite.
A descoberta de planetas à volta da estrela HD 155358 é de facto um desafio para as teorias de formação planetária.
Existem actualmente duas teorias em confronto para tentar explicar porque razão as estrelas com planetas (ECP) apresentam uma metalicidade maior do que as estrelas sem planetas. De um lado as ECP poderiam ter sido formadas preferencialmente em nuvens com alta metalicidade e daí a razão do que observamos, mas também é possível que as ECP tenham sido contaminadas através dos discos protoplanetários ou através da queda de planetas nas ECP.
Seja qual for o caso, os estudos recentes de Matsuo e outros dão um índice mínimo de metalicidade (Fe/H) de -0.85 para ECP com planetas através de acreção e um disco com 5 massas da massa mínima da nebulosa solar primitiva.
Ora o caso recente da descoberta de planetas à volta da estrela HD 155358, contraria isto, pois a estrela tem um indicie de metalicidade de -0,67.
Portanto, existe aqui uma contradição clara, que terá que ser resolvida nos próximos tempos com novos estudos e novas observações.
Em Maio de 2007, várias equipas trabalharam em conjunto de modo a descobrirem 28 novos planetas extrasolares!
4 deles estão em sistemas estelares que já tinham planetas anteriormente detectados.
Algumas conclusões provisórias é que planetas gigantes orbitam preferencialmente estrelas massivas, enquanto estrelas com pouca massa têm maior probabilidade de ter planetas “como o nosso”.
Em apenas 12 anos, descobriram-se 236 planetas a orbitarem estrelas que não o Sol.
Em Agosto de 2007, a descoberta do TrES-4 por uma equipa de 15 astrónomos é uma descoberta intrigante, pois trata-se de um planeta com 84% da massa de Júpiter, mas 1.7 vezes maior, o que o torna muito pouco denso.
Ora esta anomalia em termos de tamanho, significa que o planeta está insuflado por alguma fonte de calor interno cujo mecanismo desconhecemos. A forte insolação estelar não é suficiente para explicar um diâmetro tão grande. Vai, por isso, ser necessário muito trabalho teórico nos próximos tempos para explicar uma anormalidade destas.
Em Setembro de 2007, uma equipa de astrónomos do Observatório McDonald, utilizando o HET (Hobby-Eberly Telescope) descobriu mais um planeta em torno de HD 74156 na constelação Hydra. Isto eleva o total do sistema para três planetas (artigo).
Um outro planeta foi descoberto em torno de V391 Peg, uma estrela que já passou pela fase de gigante vermelha tendo entretanto expelido as suas camadas mais externas. Aparentemente o planeta sobreviveu à experiência. A descoberta, feita por uma equipa internacional utilizando o Whole Earth Telescope, foi publicada na Nature mas podem ver um resumo aqui.
Finalmente, a equipa de John Johnson que procura planetas em sub-gigantes e gigantes resultantes da evolução de estrelas de tipo espectral A, anunciou a descoberta de mais três planetas em torno das estrelas kapa CrB, HD 167042, e HD 161751.
O projecto Transitsearch liderado por Gregory Laughlin da Universidade da Califórnia, Santa Cruz, tem como objectivo tentar detectar trânsitos em estrelas onde foram já descobertos planetas pela técnica da velocidade radial.
Depois de uma “travessia do deserto” o projecto descobriu o seu primeiro planeta em trânsito, e logo um sistema notável.
Já se sabia que a estrela HD 17156 na constelação Cassiopeia tinha um planeta com 3 vezes a massa de Júpiter numa órbita de elevada excentricidade (0.67) e período de translação de 21.2 dias. Baseado num modelo da órbita do planeta obtido com a plataforma de simulação systemic, Greg Laughlin calculou a janela temporal mais provável para os trânsitos do planeta (caso estes ocorressem). Observadores do projecto Transitsearch em Itália, Canárias e Estados Unidos detectaram o trânsito sensivelmente na janela prevista, em 9/10 de Setembro.
O preprint com o anúncio da descoberta está aqui.
Em Setembro de 2007, uma equipa de astrónomos descobriu um gigante de gelo (exo-Neptuno) em órbita da estrela Gliese 176. A descoberta foi feita utilizando medições precisas da velocidade radial da estrela obtidas ao longo de 5 anos com o telescópio Hobby-Eberly do Observatório de McDonald no Texas. Gliese 176 é uma anã vermelha de tipo espectral M2 V, com 50% da massa do Sol e situada a 30 anos-luz de distância. O planeta, 24 vezes mais maciço que a Terra, orbita a estrela com um período de 10.24 dias. Este é o quarto gigante de gelo detectado em torno de anãs de tipo espectral M. As outras estrelas são Gliese 436, Gliese 581, e Gliese 674.
Recentemente foram detectados transitos do gigante de gelo que orbita Gliese 436. Observações com o Observatório Spitzer permitiram medir com bastante precisão a sua dimensão e consequentemente a sua densidade e composição aproximada. Concluiu-se que se trata de um planeta estruturalmente semelhante aos gigantes de gelo do nosso sistema solar: Urano e Neptuno.
Em Outubro de 2007, o telescópio espacial Spitzer detectou o que poderá ser uma nova Terra em formação. O possível planeta em formação encontra-se num disco à volta da estrela HD 113766 que se encontra a 424 anos-luz de nós. O planeta estará dentro da chamada zona habitável da estrela, onde deverá haver temperaturas moderadas e água no estado líquido. Leiam aqui.
Em Janeiro de 2008 ocorreu a 211ª Reunião da American Astronomical Society.
Dois artigos dizem respeito à utilização dos Fine Guidance Sensors do Telescópio Hubble para a determinação astrométrica das massas reais dos planetas em torno de Upsilon And e de HD 136118 (neste caso, provavelmente uma anã castanha).
Um outro artigo estuda o exoplaneta HD 17156b, descoberto inicialmente pela técnica da velocidade radial e que, posteriormente, se veio a verificar que eclipsa parcialmente a sua estrela hospedeira. O planeta, cerca de 3 vezes mais maciço que Júpiter, tem a particularidade de ter o maior período de translação, 21.2 dias, e a maior excentricidade orbital, 0.67, de entre os sistemas com eclipses. Aparentemente o planeta tem a densidade anormalmente elevada (para um gigante de gás) de 2.5 g/cm3, superior à de Ganimedes e Calisto, por exemplo.
Um último exemplo. Neste artigo, os autores anunciam aquela que será a primeira descoberta de exoplanetas utilizando exclusivamente técnicas astrométricas. Aparentemente tratam-se de planetas em torno de anãs vermelhas na vizinhança do Sol.
Em Fevereiro de 2008, foi anunciada a descoberta de dois planetas numa estrela anónima, a aproximadamente 5000 anos-luz de distância, na fronteira entre as constelações do Sagitário e do Escorpião. Os planetas orbitam uma estrela menos maciça e luminosa que o Sol e a sua presença foi traída quando a estrela hospedeira passou em frente de uma estrela mais distante, momentaneamente aumentando o brilho da última devido a um efeito de lente gravitacional.
Se a estrela hospedeira estivesse isolada, a variação observada no brilho da estrela mais distante seria simples, com um único pico. No entanto, os astrónomos detectaram não um mas três picos, indicando a presença de mais dois corpos na proximidade da estrela amplificadora.
A amplitude dos picos permitiu determinar a massa dos corpos e a sua classificação como planetas. O intervalo decorrido entre os diferentes picos permitiu, por sua vez, estimar a distância projectada dos planetas à estrela hospedeira.
Esta técnica denominada de microlensing tinha já sido utilizada anteriormente na detecção de outros exoplanetas, embora não tivesse sido concebida para esse fim originalmente. Devido à raridade dos alinhamentos que possibilitam o efeito de lente gravitacional, os projectos actuais concentram os seus esforços em zonas do céu com um elevado número de estrelas distantes, nomeadamente, na zona do Centro Galáctico e nas Nuvens de Magalhães.
Podem ver um excelente resumo e discussão da notícia aqui.
Em Fevereiro de 2008, foi anunciada a descoberta de três planetas em órbita das estrelas ξ Aquilae, HD 81688 (Ursa Maior) e 18 Delphini. Tratam-se de estrelas de massa superior ao Sol e que se encontram numa fase evolutiva mais avançada, no caso gigante ou sub-gigante. O artigo está aqui.
Em Janeiro de 2008, uma equipa de astrónomos espanhóis e franceses divulgou hoje um artigo no qual apontam para a possibilidade da estrela GJ 436, já conhecida pela importantíssima descoberta de um “Hot-Neptune” (GJ 436b) em sua órbita no ano passado, ter um outro planeta mais distante com cerca de 5 vezes a massa da Terra.
O planeta (GJ 436c) terá a particularidade de estar numa ressonância 2:1 com o “hot-Neptune”, mais interior. As interacções gravitacionais entre os planetas poderiam explicar a excentricidade anormal da órbita do Gliese 436b, o qual, na ausência de perturbações, deveria ter uma órbita quase circular. Os astrónomos propõem a existência do novo planeta como forma de explicar um padrão observado na velocidade radial da estrela depois de subtraído o efeito provocado pelo GJ 436b. Esta previsão poderá ser verificada através da observação cuidadosa dos trânsitos do GJ 436b, uma vez que o GJ 436c deverá provocar alterações mensuráveis na inclinação da órbita do seu vizinho mais interior. O GJ 436c será um possível “Super-Earth”.
Em Abril de 2008, GJ 436c foi divulgado como sendo o planeta extrasolar mais pequeno até ao momento. Este planeta rochoso é somente cerca de 50% maior que a Terra.
O planeta, nomeado GJ 436c, orbita uma anã vermelha; encontra-se a cerca de 30 anos-luz de distância de nós, na direcção da constelação de Leão; é 5 vezes mais massivo que a Terra; o seu ano (translacção) é de cerca 5 dias terrestres; e o seu dia (rotação) leva cerca de 3 semanas.
Este planeta é demasiado quente para nós, no entanto cálculos preliminares parecem indicar que pode ter uma temperatura mais aceitável nos pólos.
Em Maio de 2008, durante o Simpósio da União Astronómica Internacional, os astrónomos que anunciaram a descoberta de uma possível super-Terra em torno de Gliese 436 retractaram-se.
Gliese 436, uma pequena anã vermelha na constelação do Leão, ficou famosa pela descoberta, em 2007, de um “Hot Neptune” em trânsito.
Em Junho de 2008, houve vários anúncios interessantes na área dos exoplanetas.
As descobertas de planetas pelo método da velocidade radial têm vindo a diminuir de ritmo, um facto que é explicado pela teoria “core accretion” de formação planetária, a mais bem sucedida até ao momento. Na verdade a teoria prevê uma relativa raridade de planetas com massas entre a de Júpiter e a de Neptuno e a maioria dos programas apenas agora começam a revelar em números significativos os planetas “Neptunianos”. Uma descrição particularmente clara da actual situação pode ser encontrada aqui.
Várias equipas publicaram estudos de planetas em trânsito conhecidos que permitem refinar os seus parâmetros fundamentais, e.g. HD 149026b, GJ436b, HD 189733b, HD 209548b, TrES-3b, HAT-P-4b e XO-2b. Os instrumentos utilizados para estes estudos foram observatórios espaciais como o Spitzer, MOST e Hubble, ou sondas espaciais como a EPOXI. Informação actualizada sobre estes sistemas pode ser encontrada aqui.
O censo de planetas em torno de estrelas mais evoluídas, gigantes de tipo K e G, contribuiu também com novos planetas maciços em torno das estrelas 14 And, 6 Lyn, e 81 Cet.
Um estudo publicou novas restrições para as características de eventuais planetas em torno de Alfa Centauri C. Podem ver um excelente resumo dos resultados aqui.
Em Dezembro de 2008, num artigo disponibilizado na Internet, a equipa da Universidade de Genebra desvenda mais pormenores interessantes sobre os sistemas planetários em torno de HD 47186HD 181433. Este artigo vem na sequência do anúncio, no passado mês de Junho, da descoberta de um “neptuno quente” com 22.8 vezes a massa da Terra em torno de HD 47186 e de uma “super-terra” com 7.5 vezes a massa da Terra em torno de HD 181433.
No novo artigo, Bouchy e co-autores mostram que HD 47186 tem, para além do “neptuno quente“, um planeta com a massa aproximada de Saturno com um período orbital de 3.7 anos (a 2.4 ua da estrela). Relativamente a HD 181433, a situação é ainda mais interessante. Para além da “super-terra” existe um planeta com 0.5 vezes a massa de Júpiter (a 1.7 ua) e outro com 0.6 vezes a massa de Júpiter (a 3 ua). Notem como são diferentes (do nosso) estes novos sistemas múltiplos.
Num outro artigo, a equipa da Universidade da Califórnia em São Francisco, publica uma análise mais precisa das órbitas de exoplanetas já conhecidos, com base em observações obtidas durante vários anos no Observatório Lick. Para além das órbitas refinadas, este estudo permitiu descobrir mais um planeta em torno de HD 183263. A estrela tinha já um planeta com 3.7 vezes a massa de Júpiter (a 1.5 ua) e agora descobriu-se mais um planeta com 3.8 vezes a massa de Júpiter (a 4.3 ua). Para este último, no entanto, as margens de erro ainda são algo elevadas e serão precisas mais observações para aumentar a precisão dos parâmetros orbitais.
Não sei o que acham disto, mas eu estou simplesmente maravilhado com toda esta variedade! e
O grupo de estrelas chamado de Pleiades, também conhecido como Sete Irmãs, poderá vir a ter planetas telúricos, do género da Terra.
As Pleiades são um aglomerado estelar aberto que se encontram na constelação de Touro e a que nos habituamos a chamar de “sete irmãs”.
Em 2007, foi descoberta uma nuvem de poeira ao redor de uma estrela lá, HD 23514 (tal como já tinha sido descoberta em 2005 uma nuvem semelhante à volta da estrela BD +20 307).
Ambas terão menos de 500 milhões de anos de idade, e são por isso muito jovens.
A poeira descoberta à volta delas parece-se bastante com a que o Sol teria à sua volta nos primórdios da sua evolução.
Esta nuvem de poeira deverá incluir planetesimais, que estão constantemente a colidir uns com os outros, levando à formação de planetas telúricos no futuro.
Em Janeiro de 2009, novas observações à estrela HD 23514, provam a existência dessa formação planetária e evidenciam a possibilidade da existência de planetas terrestres – como Vénus, Marte, ou mesmo Terra!
As estrelas estão a formar planetas à volta, planetas terrestres, rochosos, e também devem estar a haver colisões monstruosas entre esses planetas/planetesimais.
Colisões violentas entre planetas terrestres com tamanho razoável, parecem ser mais comuns do que pensávamos anteriormente.
Crédito da Imagem: Lynette R. Cook/UCLA.
Já em 2008, astrónomos também na Califórnia, e também utilizando observações da poeira existente ao redor das estrelas, sugeriram que ao redor de um sistema binário (ambas as estrelas como o nosso Sol em termos de massa, tamanho, e temperatura), conhecido como BD +20 307, a 300 milhões de anos-luz da Terra, na constelação do Carneiro, está a ocorrer uma colisão violentíssima. Os astrónomos também inferiram que a colisão está à mesma distância das estrelas que a Terra está do Sol! E também foi inferido que os planetas em colisão seriam planetas terrestres (!!) que se desintegraram mutuamente! Isto leva a pensar que se havia alguma vida lá (não se espera que houvesse), então toda a vida acabou em poucos minutos, já que este é dos eventos mais catastróficos que podemos imaginar!
Em Maio de 2009, foi descoberto o VB10b – Primeiro Planeta Astrométrico.
Foi descoberto o primeiro planeta a ser identificado inequivocamente por medições astrométricas em torno da anã vermelha VB10 (Van Biesbroeck 10), situada a 20 anos-luz na constelação Águia. O movimento do planeta (invisível) e da estrela em torno do centro de gravidade comum introduz perturbações no movimento aparente da estrela no céu nocturno. A medição dessas perturbações ao longo de vários anos permite determinar a massa do corpo perturbador e as dimensões da sua órbita.
Dois astrónomos do JPL (Jet Propulsion Laboratory) mediram durante 12 anos estas perturbações na VB10 e deduziram a presença de um planeta, VB10b, com cerca de 6 vezes a massa de Júpiter e que orbita a estrela a uma distância comparável à de Mercúrio relativamente ao Sol.
A esta distância, e uma vez que a estrela é uma anã vermelha, o planeta não é um braseiro como os “hot jupiters” mas terá antes algumas semelhanças com o nosso Júpiter. Os astrónomos utilizaram o telescópio Hale de 5 metros do Monte Palomar para realizar as observações. Vejam a notícia aqui.
Em Agosto de 2009, a equipa do California Planet Search, que inclui entre outros o Geoffrey Marcy e a Debra Fischer, acaba de anunciar a descoberta de mais 7 planetas, descobertos através de vários anos de observações da velocidade radial de estrelas do tipo solar realizadas no Observatório Keck no Hawaii.
(imagem Nasa, ESA e G. Bacon (STSci))
Um dos planetas, que orbita a estrela HD 179079 em quase 15 dias, é um “Neptuno Quente” com 27 vezes a massa da Terra.
Os restantes planetas são todos gigantes de gás com massas superiores à de Saturno (entre 0.3 a 1.9 vezes a massa de Júpiter) e com períodos orbitais longos (entre 2.7 a 12.5 anos).
Uma das estrelas, Gliese 179, é uma anã vermelha, o que torna a descoberta interessante pois, tanto quanto se sabe, os planetas gigantes de gás são raros em torno de tipo de estrelas.
Para outras duas estrelas, HD 24496 e HD 126614, foram detectados, para além do respectivo planeta, estrelas companheiras anãs vermelhas que as orbitam a maior distância.
HD 126614 tem ainda a particularidade de ser a que apresenta maior metalicidade de entre aquelas em que foram descobertos planetas.
Os artigos estão aqui e aqui e a página da equipa (com actualizações pouco frequentes) aqui.
Dois dias depois, a equipa do California Planet Search anunciou a descoberta de mais cinco planetas orbitando as estrelas HD 30562, HD 86264, HD 87883, HD 89307, HD 148427 e a confirmação de uma descoberta anterior de um planeta em torno da estrela HD 196885A (membro de um sistema binário).
E uma outra equipa anunciou dois novos planetas em torno das gigantes de tipo espectral K, 11 UMi e HD 32518.
A primeira estrela, HD 140718, uma anã de tipo G9, tem dois planetas de massas 2.1 e 6.6 vezes a de Júpiter e períodos de 44 dias e 2.7 anos, respectivamente.
O planeta que orbita HD 171238, uma anã de tipo G8, tem 2.6 vezes a massa de Júpiter e um período de 4.2 anos.
O planeta que orbita HD 204313, uma anã de tipo G5, tem uma massa de 4 vezes a de Júpiter e um período de 5.3 anos.
As descobertas foram feitas pela técnica da variação da velocidade radial e utilizando o espectrógrafo CORALIE instalado no Observatório de La Silla no Chile.
Descoberto planeta semelhante a Netuno fora do Sistema Solar
Associated Press
Simulação do brilho da atmosfera do planeta HD80606b em diferentes estágios da órbita
Descoberto planeta semelhante a Netuno fora do Sistema Solar
"É a primeira observação de uma mudança no clima" de um planeta fora do Sistema Solar, disse o autor do trabalho, Gregory Laughlin, professor de astronomia da Universidade da Califórnia em Santa Cruz. Ele usou o Telescópio Espacial Spitzer, da Nasa, para estudar o planeta.
"Mudança" é um eufemismo para o que se passa no planeta HD80606b. Normalmente, sua temperatura é de 525º C. Mas nas poucas horas que leva para dar uma volta em seu sol o planeta recebe uma dose enorme de calor, levando a temperatura a 1.225º C.
Durante sua breve passagem pela vizinhança imediata de seu sol, o planeta chega mais perto da estrela do que Mercúrio está perto do Sol. Quando atinge a aproximação máxima, o planeta se converte numa "tempestade fervente", diz Laughlin. A radiação que bombardeia a atmosfera é 800 vezes maior que a que atinge o astro no ponto mais distante de sua órbita.
Logo em seguida, o planeta se afasta e irradia o calor para o vácuo. Ele brilha num vermelho escuro e a temperatura despenca.
"Totalmente bizarro", diz o cientista. "É totalmente inabitável. Numa galáxia de planetas inabitáveis, este se destaca como sendo totalmente inóspito para a vida".
O planeta circula seu sol - a maior de duas estrelas de um sistema binário - em uma órbita de 111 dias.
O planeta batizado de HD80606b se movimenta por uma incomum órbita elíptica ao redor dessa estrela, segundo explicaram os especialistas do University College de Londres.
Astrônomos descobrem planeta do tamanho de Júpiter
Quando o astro atinge o ponto mais distante em relação a esta estrela, alcança uma distância semelhante à que separa a Terra do Sol (123 milhões de km).
Já quando o HD80606b chega ao ponto mais próximo, a distância é dez vezes menor que os 5 milhões de km que separam Mercúrio do Sol.
Os astrônomos disseram que sua temperatura apresenta uma variação entre três e 1.200 graus. Com isso, há uma grande mudança na quantidade de calor, segundo o pesquisador David Kipping.Em primeiro plano