quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Tugunska:encontado meteorito


































































Hoax: O “meteorito” com caracteres encontrado perto de Tunguska

30 07 2007

Segundo ESTA notícia do Pravda.ru, em Krasnoyarsk, na Sibéria (Federação Russa) teria sido encontrado um meteorito com… “caracteres antigos e incompreensíveis”… Tratar-se de uma rocha de quartzo designada como “Tungus” e segundo os “investigadores” que o teriam analisado, estes caracteres teriam sido gravados na superfície do meteorito com o recurso a reacções químicas.

O meteorito teria sido encontrado nos arredores do rio Podkamennaya, na Sibéria em 2006 tendo sido estudado durante meio ano em Krasnoyarsk e Moscovo por um tal de “Fundo do Fenómeno Cósmico de Tunguska“, revelando este, segundo o seu presidente Yuri Lavbin que o quartzo do meteorito teria uma “concentração de substâncias cósmicas que não existe em lado nenhum no planeta Terra“, mas sem conceder mais detalhes…

O artigo do Pravda.ru acrescenta a lacónica frase de que “os cientistas dos EUA, da Grã-Bretanha, da França, da Alemanha já interessaram pelo meteorito” e que teriam pedido a entrega do meteorito para a poderem investigar eles próprios, um pedido negado por Yuri Lavbin.

Bem… O primeiro aspecto suspeito desta história vem do facto dela surgir no Pravda.ru, fonte segura (in-segura, de facto) de muita patacoada e de notícias e hoaxes de pés de barro… Em segundo lugar, o facto do “Tungus” (nome criterioso…) estar a ser estudado precisamente por um “Fundo do Fenómeno Cósmico de Tunguska”, levanta logo a questão de colocar em dúvida se qualquer investigação conduzida por este não está ferida de parcialidade… Em terceiro lugar, um dos princípios da Ciência honesta é ceder os resultados das nossas experiências e os objectos das mesmas à comunidade para que esta possa confirmar ela própria as nossas conclusões… Esta “possessividade” expressa pelo fundo lança muitas suspeitas sobre a credibilidade destes resultados e sobre a boa fé destes “investigadores”, admitamos…

Por outro lado… Por ESTA notícia - publicada em 31 de Julho de 2004 - sabemos que este Yuri Labvin teria “supervisionado” uma expedição à região de Tunguska em busca de provas sobre a… origem alienígena do meteorito de Tunguska. O objectivo confesso desta expedição “científica” era de recolher provas de que os acontecimento de 30 de Junho de 1908, quando um grande meteorito ou cometa (na versão oficial) caiu sobre a tundra e destruiu perto de 80 milhões de árvores numa explosão estimada em 20 megatoneladas de TNT (mil vezes mais forte que a boma de Hiroshima)… A explosão foi tão violenta que ainda hoje, cem anos volvidos, a devastação local ainda pode ser vista hoje (clicar AQUI, para ver a fotografia de satélite do Google Maps). O objectido específico da expedição era o de recolher provas de que aquilo que atingira Tunguska em 1908 fora uma nave espacial e não um meteorito de qualquer tipo, admitia Labvin, que já então aparecia como estando a organizar um “fundo público destinado a estudar o fenómeno cósmico de Tunguska”.

A expedição de 2004 era composta por 14 elementos liderados por Labvin e transportaria vários detectores de metal e outros equipamentos não especificados, mas designados como “inovadores” para procurar vestígios do OVNI de Tunguska numa região a cerca de 500 Km onde se supõe que teria caído o meteorito. Segundo o então “supervisor” da expedição, esta região estaria recheada de vestígios metálicos, restos do dito OVNI.


(http://www.viafanzine.jor.br)


Mas a desinformação sobre esta “notícia” é intensa… Noutras fontes aparece a referência a uma tal “Fundação Estatal Siberiana Fenómeno Espacial de Tunguska” como sendo a organização que patrocinou esta expedição… Ora esta “Fundação Estatal” não é nem, Fundação, nem Estatal… Será no máximo “Siberiana” já que se fala de facto do supracitado “Fundo do Fenómeno Cósmico de Tunguska”, o que pode explicar a transformação “Fundo” -> “Fundação”…

A expedição de Labvin entretanto afirmou ter encontrado várias crateras de impacto de até 500 metros de profundidade:


(http://www.viafanzine.jor.br)

A expedição afirmou também ter descoberto junto a estas crateras uma das ditas “pedras-rena” (ver AQUI) que se diz que teriam sido encontradas nos arredores da cratera de impacto, mas sobre as quais não encontrei nenhuma referência bibliográfica ou na Internet… Será que se referem ao “meteorito de quartzo” que teria as inscrições? Mas se sim, como parece já que é a única pedra reportadamente colhida no local, porque não foi logo referida a evidência desta ter inscrições? E 50 quilogramas para um meteorito é um peso extraordinário… E porque não fala agora Labvin das “duas barras de metal desconhecido” que apresentou em 1998 em Krasnoyarsk que teria encontrado noutra expedição a um certo povoado de Vanavara (em 1908 um posto comercial onde foi avistado o impacto), a 65 Km do ponto de impacto?

Ou seja…. De novo, estamos muito provavelmente perante um embuste encenado para recolher fundos financeiros e cativar a fama e a atenção dos Media…

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